- O fair play financeiro pode mudar o futebol brasileiro, com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) planejando sua implementação.
- Um estudo da Sports Value indica que nove clubes da Série A têm dificuldades para se adequar às novas normas.
- Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Grêmio, Santos, São Paulo e Vasco apresentaram déficits superiores a R$ 20 milhões nos últimos três anos.
- O modelo proposto inclui controle de prejuízos, limitação de gastos com salários e contratações, e endividamento controlado.
- Flamengo, apesar de ser financeiramente estável, também ultrapassa o limite de 73% das receitas destinadas ao futebol.
O conceito de fair play financeiro está prestes a transformar o cenário do futebol brasileiro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda a implementação dessa norma, que visa garantir a sustentabilidade econômica dos clubes. Um estudo da Sports Value, divulgado pela CNN, revela que nove dos 20 clubes da Série A enfrentam dificuldades para se adequar a essas novas exigências.
Os clubes em questão, como Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Grêmio, Santos, São Paulo e Vasco, apresentaram déficits superiores a R$ 20 milhões nos últimos três anos. O modelo de fair play financeiro proposto inclui três pilares: controle rigoroso dos prejuízos, limitação de gastos com salários e contratações, e endividamento controlado. Para se manter dentro das normas, os clubes não podem ter um déficit médio superior a R$ 20 milhões e devem destinar apenas 73% das receitas para contratações e salários.
Desafios Financeiros
Além dos clubes mencionados, o Flamengo, considerado o mais estável financeiramente, também não está livre de críticas. O Rubro-Negro destina 74% de suas receitas para o futebol, ultrapassando o limite estabelecido. Outros clubes, como Cuiabá (58%), Athletico (60%), Corinthians (68%), Palmeiras (68%) e Santos (73%), estão dentro da margem, mas ainda assim enfrentam desafios.
No que diz respeito ao índice de dívida líquida por receita, Atlético-MG, Bahia, Corinthians e Vasco estão em situação crítica. O estudo destaca que, entre os clubes com maiores déficits, quatro deles operam sob o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o que levanta questões sobre a eficácia desse modelo em garantir a saúde financeira das equipes.
A implementação do fair play financeiro promete ser um divisor de águas no futebol brasileiro, exigindo que os clubes repensem suas estratégias financeiras para evitar sanções e garantir sua sobrevivência no cenário competitivo.