- Um corredor amador faleceu após um mal súbito durante a 18ª Meia Maratona Internacional de São Paulo, realizada no dia 26 de setembro.
- O atleta, que participava do evento com mais de nove mil inscritos, foi socorrido, mas não sobreviveu.
- A morte súbita em atletas, frequentemente ligada à cardiomiopatia hipertrófica, é uma preocupação crescente no Brasil.
- O cardiologista Fábio Fernandes, do Instituto do Coração da Universidade de São Paulo, destaca que a condição pode ser assintomática e afeta cerca de quatrocentos mil brasileiros.
- Foi lançada a primeira diretriz brasileira para o diagnóstico e tratamento da cardiomiopatia hipertrófica, recomendando avaliações clínicas antes de atividades físicas intensas.
Um corredor amador faleceu após um mal súbito durante a 18ª Meia Maratona Internacional de São Paulo, realizada no último domingo, 26. O atleta, que participava do evento com mais de 9 mil inscritos, foi socorrido, mas não resistiu e morreu no hospital. Este incidente ressalta a urgência de diagnósticos adequados para prevenir mortes súbitas em competições.
A morte súbita em atletas, frequentemente associada à cardiomiopatia hipertrófica, é uma preocupação crescente no Brasil. Segundo o cardiologista Fábio Fernandes, do Instituto do Coração da USP, essa condição é a principal causa de óbitos inesperados entre esportistas. Ele destaca que muitos pacientes podem apresentar sintomas como dor no peito ou palpitações sem saber que estão em risco.
Recentemente, foi lançada a primeira diretriz brasileira para o diagnóstico e tratamento da cardiomiopatia hipertrófica, visando padronizar as abordagens médicas no país. Fernandes explica que a doença, que pode ser genética, afeta cerca de 400 mil brasileiros, sendo que 90% dos casos são assintomáticos. A detecção precoce é crucial, pois a maioria das mortes súbitas ocorre por arritmias não diagnosticadas.
A diretriz orienta que avaliações clínicas, incluindo eletrocardiogramas e auscultas cardíacas, sejam realizadas antes da prática de atividades físicas intensas. Isso pode ajudar a identificar atletas em risco e permitir intervenções, como a implantação de cardiodesfibriladores que salvam vidas. A conscientização sobre a importância de exames regulares é fundamental para reduzir a mortalidade associada a essa condição.