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Jogos manipulados no Paulista e Libertadores não são anulados pela justiça

A série "Máfia do Apito" revela detalhes sobre o escândalo de manipulação de partidas no futebol brasileiro e suas consequências legais

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • O escândalo de manipulação de partidas no futebol brasileiro, envolvendo o árbitro Edílson Pereira de Carvalho, ocorreu há 20 anos e resultou na anulação de 11 jogos do Brasileirão de 2005.
  • A série “Máfia do Apito”, que estreou no Sportv, revela detalhes sobre os lucros de Edílson e de seu colega Paulo José Danelon, além de questionar a falta de responsabilização criminal.
  • O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anulou apenas os jogos da Série A, sem revisar outras competições.
  • Edílson apitou 12 jogos no Campeonato Paulista e 11 no Brasileirão, recebendo R$ 20 mil por jogo. Danelon faturou R$ 30 mil em três jogos do estadual.
  • Os envolvidos foram denunciados por estelionato e formação de quadrilha, mas a falta de tipificação na lei e a prescrição do crime impediram a responsabilização.

O futebol brasileiro rememora um dos maiores escândalos de sua história, ocorrido há 20 anos, quando o árbitro Edílson Pereira de Carvalho foi acusado de manipulação de partidas. O caso resultou na anulação de 11 jogos do Brasileirão de 2005, impactando diretamente a competição.

A série “Máfia do Apito”, que estreou na sexta-feira no Sportv, revela detalhes do esquema, incluindo os lucros obtidos por Edílson e seu colega Paulo José Danelon. A produção, que terá três episódios diários até domingo, também questiona a falta de responsabilização criminal dos envolvidos. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu anular apenas os jogos da Série A, deixando outras competições sem revisão.

Edílson apitou 12 jogos no Campeonato Paulista, 11 no Brasileirão, além de partidas na Libertadores e na Sul-Americana. O Corinthians, que foi campeão naquele ano, se beneficiou da anulação de jogos, somando pontos que inicialmente havia perdido. Um torcedor do Internacional chegou a recorrer à Justiça, mas desistiu para não prejudicar a vaga do clube na Libertadores de 2006.

Na série, Edílson admite que ganhou “muito mais dinheiro” manipulando resultados no Paulista do que no Brasileiro. Ele cobrava R$ 20 mil por jogo e recebeu R$ 15 mil em um confronto da Libertadores. Danelon, por sua vez, faturou R$ 30 mil em três jogos do estadual. O promotor de justiça José Reinaldo Guimarães Carneiro questiona a decisão do STJD de anular apenas os jogos da Série A, ressaltando que deveria ter havido uma revisão mais ampla.

Impunidade e Consequências

Os três envolvidos foram denunciados por estelionato e formação de quadrilha, mas a falta de tipificação na lei e a prescrição do crime impediram a responsabilização. A Conmebol também se isentou de responsabilidades, alegando que o torneio já havia terminado. O caso levantou discussões sobre a manipulação de resultados em competições internacionais, mas a urgência em resolver o Brasileirão acabou por deixar outras competições em segundo plano.

A série “Máfia do Apito” promete trazer à tona questões que ainda permanecem sem resposta, como a eficácia das medidas tomadas na época e a necessidade de uma revisão mais rigorosa das partidas apitadas por Edílson. O escândalo continua a reverberar no futebol brasileiro, lembrando a todos os envolvidos da fragilidade das estruturas de controle e da importância da transparência no esporte.

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