- Fernando Yamada, ex-jogador do Corinthians, assumiu a direção esportiva do Portimonense, em Portugal, no início de 2023.
- A presença de executivos brasileiros em clubes europeus tem crescido, enquanto clubes brasileiros contratam técnicos estrangeiros.
- Yamada destaca que a experiência no Brasil é um diferencial, pois a pressão por resultados prepara os gestores para desafios na Europa.
- O Portimonense, uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), busca jovens talentos, especialmente do Brasil, África e Uruguai, após um rebaixamento que reduziu seu orçamento de R$ 4,5 milhões para R$ 450 mil.
- Recentemente, o clube contratou jogadores brasileiros e africanos, com foco em uma gestão cuidadosa e reposicionamento no futebol português.
Fernando Yamada, ex-jogador do Corinthians e gestor no Athletico-PR, assumiu a direção esportiva do Portimonense, em Portugal, no início de 2023. A mudança reflete um fenômeno crescente: a presença de executivos brasileiros em cargos de comando na Europa. Enquanto clubes brasileiros contratam técnicos estrangeiros, a busca por talentos brasileiros e africanos se intensifica.
Yamada, que foi goleiro no Corinthians e teve sucesso como gestor no Athletico-PR, destaca que a experiência adquirida no Brasil é um diferencial no mercado europeu. “O profissional brasileiro tem que ser muito proativo e assertivo nas tomadas de decisões”, afirma. Ele observa que a pressão por resultados no Brasil prepara os gestores para desafios em ambientes mais estruturados, como os clubes europeus.
A gestão no Portimonense, uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), permite decisões mais técnicas, sem a influência política comum em clubes associativos. Yamada enfatiza a importância de uma boa infraestrutura e de um método eficaz, além de um departamento de scout bem desenvolvido. “A metodologia aplicada pesa tanto quanto o departamento de scout”, explica.
O foco do clube está na captação de jovens talentos, especialmente do Brasil, África e Uruguai. Recentemente, o Portimonense anunciou várias contratações, incluindo jogadores brasileiros como Lucas Araújo e Maycon Cleiton, além de talentos africanos. Yamada acredita que, apesar das dificuldades sociais enfrentadas por muitos jogadores brasileiros, “eles têm um potencial técnico excepcional”.
O desafio do Portimonense é significativo, especialmente após o rebaixamento para a segunda divisão. O orçamento do clube caiu drasticamente, de 4,5 milhões para 450 mil euros, exigindo uma gestão ainda mais cuidadosa. Com uma estrutura enxuta e um foco em talentos promissores, Yamada busca reposicionar o clube no cenário competitivo do futebol português.