- O Dia do Árbitro é celebrado em 11 de setembro, destacando a importância dos árbitros no futebol.
- Bruno Santana, árbitro de várzea, e Matheus Delgado Candançan, árbitro da FIFA, compartilham suas experiências na profissão.
- Matheus começou aos 16 anos, inspirado pelo pai, e acredita que a várzea é uma boa escola para árbitros.
- Bruno, que também é personal trainer, planeja iniciar o curso de arbitragem profissional e valoriza sua conexão com a várzea.
- Ambos enfrentam desafios, como pressão das torcidas e condições de trabalho precárias, mas sonham em avançar na carreira.
Neste 11 de setembro, o Dia do Árbitro é celebrado, ressaltando a importância dos profissionais que atuam nas diversas esferas do futebol, desde a várzea até o quadro internacional da FIFA. Para ilustrar essas realidades, conversamos com Bruno Santana, árbitro de várzea, e Matheus Delgado Candançan, um dos mais jovens árbitros brasileiros a integrar o quadro da FIFA.
Matheus, de 27 anos, começou sua trajetória na arbitragem aos 16, inspirado pelo pai, que também foi árbitro. Ele destaca que a várzea é uma “excelente escola para a arbitragem”, onde a pressão é constante, mas a experiência adquirida é valiosa. Formado em Engenharia Civil, Matheus decidiu se dedicar integralmente à arbitragem, o que lhe trouxe resultados rápidos na carreira.
Bruno Santana, de 30 anos, também tem uma formação acadêmica em Educação Física e atua como personal trainer. Ele começou na arbitragem por amor ao futebol, após não conseguir se profissionalizar como jogador. Bruno planeja iniciar o curso de arbitragem profissional e deseja manter sua conexão com a várzea, que considera sua raiz.
Desafios da Arbitragem
Ambos os árbitros enfrentam desafios distintos. Matheus tem acesso ao Núcleo de Alto Rendimento, que oferece estrutura para treinamento, enquanto Bruno lida com a sobrecarga de apitar até 15 jogos em um único final de semana. Ele menciona a precariedade das condições de trabalho na várzea, como a falta de segurança e a responsabilidade de arcar com custos pessoais.
Matheus ressalta que a realidade da arbitragem no Brasil é desigual, com muitos árbitros sem a mesma estrutura que ele possui. Ele acredita que a preparação e o suporte psicológico são essenciais para lidar com a pressão dos jogos. Bruno, por sua vez, destaca a intensa pressão das torcidas, que muitas vezes ultrapassa os limites do aceitável.
Aspirações Futuras
Apesar das dificuldades, Matheus sonha em apitar uma Copa do Mundo, afirmando que a dedicação é fundamental para se manter na carreira. Bruno, por sua vez, espera concluir seu curso de árbitro profissional e continuar contribuindo para o futebol amador, que considera fundamental para o desenvolvimento da arbitragem.
Ambos os árbitros compartilham a paixão pelo futebol e a determinação de superar os desafios da profissão, mostrando que, independentemente do nível em que atuam, a arbitragem é uma parte essencial do esporte.