- O futebol brasileiro enfrenta um dilema entre equilíbrio competitivo e relevância internacional.
- A concentração de receitas em poucos clubes pode aumentar, tornando o Campeonato Brasileiro mais previsível e menos atrativo.
- Atualmente, os 20 clubes da Série A faturam juntos R$ 10,5 bilhões, com o Flamengo liderando com R$ 1,3 bilhão, o que representa 12% do total.
- A proposta de fusão da Libertadores com a Champions Cup da Concacaf visa aumentar a arrecadação e abrir novos mercados.
- A falta de coordenação entre os clubes pode levar a uma concentração de receitas e títulos, prejudicando a competitividade do campeonato.
O futebol brasileiro enfrenta um dilema entre equilíbrio competitivo e relevância internacional. A análise recente indica que a concentração de receitas em poucos clubes pode aumentar, tornando o Campeonato Brasileiro mais previsível e menos atrativo, a menos que haja uma coordenação entre os clubes para estratégias de crescimento.
Atualmente, os 20 clubes da Série A faturam juntos R$ 10,5 bilhões. O Flamengo lidera com R$ 1,3 bilhão, representando 12% do total. Essa disparidade, embora menor que em ligas europeias, pode se acentuar, levando a um cenário onde poucos clubes dominem o cenário nacional e internacional.
Um exemplo ilustrativo é a comparação entre duas ligas hipotéticas. Na liga A, a receita é distribuída de forma igualitária, resultando em um torneio emocionante e imprevisível. Já na liga B, a concentração de receitas em apenas dois clubes torna o campeonato previsível, mas permite que esses times se destaquem em competições internacionais.
A situação atual do futebol brasileiro reflete essa dinâmica. Enquanto clubes como Flamengo e Palmeiras buscam relevância global, torcedores de clubes menores anseiam por justiça esportiva. A solução pode estar na internacionalização do Brasileirão, tornando-o mais atraente para mercados globais, especialmente o norte-americano.
Uma proposta concreta é a fusão da Libertadores com a Champions Cup da Concacaf, criando uma Liga dos Campeões das Américas. Essa mudança poderia abrir novos mercados e aumentar a arrecadação. Contudo, qualquer estratégia de crescimento requer ação coordenada entre os clubes, algo que atualmente parece distante.
Sem essa coordenação, a tendência é clara: o futebol brasileiro pode caminhar para uma concentração de receitas e títulos, resultando em um campeonato menos competitivo e, consequentemente, menos atrativo para os torcedores.