- A violência contra a mulher no Brasil aumentou, especialmente em dias de jogos de futebol.
- Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que as agressões físicas crescem em 21% após as partidas.
- A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo lançou a campanha “Elas Jogam Junto” para conscientizar sobre a violência de gênero no esporte.
- O evento inaugural ocorreu no Morumbi e busca promover mudanças de comportamento entre torcedores e atletas.
- A campanha visa transformar o futebol em um espaço de inclusão e respeito, abordando a responsabilidade coletiva na erradicação da violência contra a mulher.
A violência contra a mulher no Brasil tem se intensificado, especialmente em dias de jogos de futebol. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que as agressões físicas aumentam em 21% após as partidas, com 80% das ameaças e 78% das lesões corporais cometidas por companheiros ou ex-parceiros das vítimas.
Em resposta a essa alarmante realidade, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo lançou a campanha “Elas Jogam Junto”. O evento inaugural ocorreu no Morumbi e visa promover a conscientização sobre a violência de gênero no contexto esportivo. A iniciativa busca não apenas alertar, mas também provocar uma mudança de comportamento entre torcedores e atletas.
A campanha surge em um cenário onde a violência é frequentemente minimizada, com comentários desdenhosos nas redes sociais. Muitos homens reagem de forma negativa a discussões sobre o tema, questionando a falta de atenção à violência contra eles. Essa postura revela uma resistência à reflexão sobre a gravidade da violência de gênero, que continua a ser um problema sistêmico.
O futebol, como um dos principais esportes do Brasil, desempenha um papel crucial na formação de comportamentos sociais. A OAB paulista enfatiza que é necessário um esforço conjunto para que o esporte se torne um espaço de inclusão e respeito, tanto dentro quanto fora de campo. A campanha “Elas Jogam Junto” é um passo importante nesse sentido, promovendo um diálogo necessário sobre a violência contra a mulher e a responsabilidade de todos na sua erradicação.