- A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) realizou uma operação contra torcidas organizadas na manhã de 18 de setembro de 2025.
- A operação revelou o uso de códigos em redes sociais para agendar brigas, como a sigla “Pas” (Pelotão de Assalto Surpresa).
- Um torcedor foi preso com uma arma, e a apreensão de celulares pode gerar novas investigações sobre os conflitos.
- A Torcida Jovem Fla, suspensa dos estádios, é suspeita de envolvimento na morte de um torcedor do Vasco, e as autoridades estão em alerta para o clássico entre Flamengo e Vasco no dia 21 de setembro.
- A operação visa desmantelar a atuação de criminosos infiltrados nas torcidas, sem demonizar os grupos em si.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) deflagrou uma operação na manhã desta quinta-feira (18) contra torcidas organizadas, revelando o uso de códigos em redes sociais para agendar brigas. O delegado Álvaro Gomez destacou que a sigla Pas (Pelotão de Assalto Surpresa) era utilizada para indicar confrontos, enquanto perguntas como “hoje é Paz ou Pas?” ajudavam a definir se o encontro seria pacífico ou violento.
A operação, que ocorre em um contexto de crescente violência entre torcidas, visa desmantelar a atuação de criminosos infiltrados. Gomez enfatizou que a apreensão de celulares durante a ação será crucial para novas investigações, permitindo entender melhor a dinâmica dos conflitos. “Acreditamos que podemos fazer até uma nova fase a partir dos dados que estão nestes celulares”, afirmou.
Contexto de Violência
A Torcida Jovem Fla, que havia sido suspensa dos estádios, é suspeita de envolvimento na morte de um torcedor do Vasco. Com um clássico entre Flamengo e Vasco marcado para o próximo domingo (21), as autoridades estão em alerta. O delegado mencionou que a operação foi planejada para acalmar os ânimos antes do jogo, devido a informações sobre um possível revanchismo.
Além disso, um torcedor da Torcida Jovem do Botafogo foi preso com uma arma municiada, e a sede da TJB teve possíveis explosivos apreendidos, que passarão por perícia. O tenente coronel Guilherme, do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios, ressaltou que o objetivo da operação não é demonizar as torcidas, mas sim punir os criminosos que se infiltram nelas. “É o CPF, não a torcida”, concluiu.