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Mercado de futebol sente impacto da inflação nas joias brutas das categorias de base

Transferência gera ruptura entre Corinthians e Bahia e evidencia a inflação no mercado de jovens talentos do futebol brasileiro

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • A transferência de Kauê “Furquim” do Corinthians para o Bahia por R$ 14 milhões causou um rompimento nas relações entre os clubes.
  • O movimento gerou um debate sobre a inflação no mercado de jovens talentos no futebol brasileiro.
  • Clubes têm investido mais em suas categorias de base para evitar perder promessas para rivais.
  • A valorização dos jovens atletas resultou em salários de até R$ 20 mil mensais para jogadores sub-20.
  • O Palmeiras arrecadou cerca de R$ 1 bilhão com vendas de jogadores formados em sua base, refletindo a lucratividade do investimento em categorias de base.

A transferência de Kauê “Furquim” do Corinthians para o Bahia por R$ 14 milhões provocou um rompimento nas relações entre os clubes e acendeu um debate sobre a crescente inflação no mercado de jovens talentos do futebol brasileiro. O atleta, considerado uma promessa das categorias de base alvinegras, mudou-se para Salvador em um movimento que reflete a nova dinâmica do setor.

Nos últimos anos, clubes têm investido mais em suas categorias de base para evitar perder promessas para rivais. A valorização dos jovens atletas tem gerado um aumento significativo nos salários, com jogadores sub-20 recebendo até R$ 20 mil mensais. Essa escalada de preços é impulsionada por um mercado em expansão, onde a busca por talentos se intensifica. João Paulo Sampaio, coordenador da base do Palmeiras, observa que essa inflação se assemelha à do futebol profissional.

Mudanças no Mercado

A estrutura de contratos também está mudando. Atletas a partir dos 16 anos podem assinar contratos de trabalho, que oferecem maior proteção jurídica aos clubes. A Lei Geral do Esporte estipula que a cláusula de rescisão pode ser até 2 mil vezes o salário do jogador. Com isso, os clubes estão aumentando os salários para garantir a permanência de suas promessas e evitar que sejam atraídos por outras equipes.

Além disso, o investimento em categorias de base se mostrou lucrativo. O Palmeiras, por exemplo, arrecadou cerca de R$ 1 bilhão com vendas de jogadores formados em sua base. A chegada de Kauê ao Bahia, agora sob a gestão do Grupo City, é parte de um plano estratégico para tornar o clube uma referência em formação no Nordeste, região que historicamente perdeu talentos para o Sul e Sudeste.

O Futuro das Categorias de Base

Os clubes estão se adaptando a essa nova realidade, onde a compra de jovens talentos se torna uma alternativa viável. A formação de atletas não é mais vista apenas como um processo interno, mas como uma estratégia de mercado. O aumento da circulação de dinheiro, impulsionado por contratos de transmissão e investimentos em SAFs, tem elevado as receitas e os gastos dos clubes.

A expectativa é que essa tendência continue, com mais clubes buscando talentos cada vez mais jovens. No entanto, gestores expressam preocupação com os efeitos de salários altos precoces, que podem levar os jovens a uma acomodação precoce em suas carreiras. O cenário atual indica que o futebol brasileiro está em transformação, com um foco renovado na valorização e formação de novos talentos.

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