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Kushti, a luta livre indiana que exige celibato e disciplina rigorosa

Jovens lutadores de kushti em Kolhapur enfrentam desafios financeiros e seguem uma rotina rigorosa em busca de títulos e reconhecimento na tradição da luta livre.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Seis lutadores cobertos de barro praticam no talim Gangavesh (Foto: Reprodução)
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  • Em Kolhapur, Maharashtra, jovens lutadores de kushti, como Ashutosh Patil e Rushi Patil, dedicam-se a essa forma tradicional de luta livre.
  • Os treinos ocorrem em talims, centros de treinamento que promovem disciplina e valores morais, como o Gangavesh, onde Ashutosh treina sob a supervisão do guru Vishwas Hargule.
  • A rotina inclui treinos intensos desde as 4h da manhã, dieta rigorosa e exercícios de força. Ashutosh sonha em conquistar o título de Maharashtra Kesari.
  • Rushi Patil, que começou a treinar aos 9 anos, vive em um talim e já conquistou várias competições, valorizando a vida espartana e a pureza do corpo e do espírito.
  • Apesar dos desafios financeiros, os lutadores mantêm um forte senso de comunidade e tradição, sonhando em perpetuar a herança do kushti.

A Tradição do Kushti em Kolhapur

Em Kolhapur, Maharashtra, jovens lutadores de kushti, como Ashutosh Patil e Rushi Patil, dedicam suas vidas a essa forma tradicional de luta livre. Com raízes que remontam à antiga Pérsia, o kushti é praticado em talims, centros de treinamento que promovem disciplina e valores morais.

Os talims, como o Gangavesh, onde Ashutosh treina, são locais de rigorosa rotina. Desde as 4h da manhã, os lutadores se reúnem para treinos intensos, sob a supervisão do guru Vishwas Hargule. O ambiente é austero, com um altar dedicado a Hanuman, o deus da luta, e um solo de terra vermelha que simboliza a tradição.

Durante as sessões, os lutadores realizam exercícios de força e técnicas de combate. Ashutosh, que sonha em conquistar o título de Maharashtra Kesari, destaca a importância do treinamento: “Este é um dos talims mais antigos de Kolhapur, fundado há mais de 100 anos”. A rotina inclui uma dieta rigorosa e um batido energético que ajuda na recuperação muscular.

Vida nos Talims

Em outro talim, o Sahapuri, Rushi Patil, de 19 anos, vive sob a mesma disciplina. Ele começou a treinar aos 9 anos e já conquistou várias competições. “O kushti é tudo para mim”, afirma Rushi, que valoriza a vida espartana que leva. Os lutadores seguem uma rotina que inclui celibato e abstinência de álcool e tabaco, buscando a pureza do corpo e do espírito.

Os talims também enfrentam desafios financeiros. Embora o custo de alojamento seja baixo, os lutadores precisam arcar com suas despesas pessoais. Pavan Bhandigare, de 22 anos, que treina no talim Motibag, relata que, apesar das dificuldades, já consegue ganhar entre 1,5 e 2 lakhs durante a temporada de competições.

O Futuro do Kushti

A prática do kushti continua a ser um símbolo de identidade e respeito na Índia, mesmo com a promoção de competições em lona pelo governo. Lutadores como Avishkar Patil, de 14 anos, que ainda não competiu, sonham em seguir os passos de seus ídolos. “Sei que minha família está orgulhosa de mim”, diz Avishkar, que equilibra os treinos com a escola.

A vida nos talims é marcada por sacrifícios, mas também por um forte senso de comunidade e tradição. Os jovens lutadores de Kolhapur dedicam suas vidas a essa arte milenar, sonhando em se tornar campeões e perpetuar a rica herança do kushti.

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