- Rebeca Lima conquistou o título de campeã mundial na categoria até 60kg em Liverpool no último domingo.
- A atleta, de 25 anos, assume o posto deixado por Bia Ferreira, que se tornou profissional.
- Rebeca começou a praticar boxe aos 14 anos e já possui um título brasileiro e uma medalha de bronze no Mundial Juvenil.
- Ela se prepara para os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028, após enfrentar desafios em sua trajetória olímpica.
- Os próximos eventos incluem o Sul-Americano em 2026 e o Pan-Americano de Lima em 2027, que garantirá a vaga para as Olimpíadas.
Rebeca Lima, atleta de boxe amador, conquistou o título de campeã mundial na categoria até 60kg no último domingo, em Liverpool. Aos 25 anos, ela assume o posto deixado por Bia Ferreira, que se tornou profissional após duas medalhas olímpicas. “Antes, era sonho. Hoje, é meta”, afirma Rebeca, que cresceu na favela da Maré, no Rio de Janeiro, e sonha em competir nas Olimpíadas de Los Angeles-2028.
A trajetória de Rebeca no boxe começou aos 14 anos, após experimentar diversas modalidades na ONG Luta Pela Paz. Desde então, ela se destacou, conquistando o título brasileiro em 2017 e uma medalha de bronze no Mundial Juvenil de 2018. Nos últimos cinco anos, foi campeã nacional e agora brilha na elite do boxe. A atleta, que também é 3º sargento do Exército, destaca a importância de cada conquista em sua carreira.
Rebeca enfrentou desafios significativos em sua jornada olímpica, especialmente com a presença de Bia Ferreira. Para Tóquio-2020, ela tentou baixar de peso, mas não conseguiu a vaga. Em Paris, participou de um programa do COB, onde viveu a experiência olímpica e aprendeu com campeões. “Foi um aprendizado enorme que me deu mais confiança”, relembra.
Preparação e Estratégia
A relação entre Rebeca e Bia é de respeito e aprendizado. Rebeca busca conselhos sobre adversárias e se prepara meticulosamente para cada luta. Miriam Parga, técnica da seleção brasileira, destaca a estratégia da atleta, que estuda suas rivais e adapta seu plano de luta. No Mundial, Rebeca surpreendeu ao vencer adversárias que já havia perdido anteriormente.
Os próximos desafios incluem o Sul-Americano em 2026 e o Pan-Americano de Lima em 2027, que garantirá a vaga para os Jogos de 2028. A determinação de Rebeca é clara: “É desse patamar pra cima, não tem como voltar para trás.”