- O Flamengo enfrenta o Estudiantes na Argentina pelas quartas de final da Libertadores.
- A partida relembra Narciso Horacio Doval, ídolo do clube, que faleceu em 1991.
- Doval visitou a delegação do Flamengo antes de sua morte e incentivou os jogadores.
- Ele se destacou no Flamengo e se tornou um símbolo do clube, mesmo após transferir-se para o Fluminense.
- Doval é lembrado por sua habilidade e carisma, e sua história continua a inspirar torcedores.
O Flamengo se prepara para enfrentar o Estudiantes na Argentina, nesta quinta-feira, em um jogo decisivo das quartas de final da Libertadores. A partida traz à tona a memória de Narciso Horacio Doval, ídolo rubro-negro que faleceu em 1991, após uma visita à delegação do clube.
Doval, que já não jogava mais pelo Flamengo, estava em Buenos Aires para chefiar a equipe em um confronto pela Supercopa Libertadores. No dia 12 de outubro de 1991, ele sofreu uma parada cardíaca após sair de uma boate, apenas quatro dias após ter celebrado a vitória do Flamengo sobre o Estudiantes. O ex-atacante, conhecido como “Gringo”, deixou um legado duradouro, mesmo após sua transferência para o Fluminense.
Naquela ocasião, Doval visitou os jogadores no hotel e os incentivou a não se intimidarem com a torcida adversária. Júnior, outro ídolo do Flamengo, recordou a felicidade de Doval e a surpresa da equipe ao receber a notícia de sua morte. Ele destacou a importância do argentino como mentor para os mais jovens, ressaltando seu papel como um líder carismático.
Legado de Doval
Doval chegou ao Flamengo em 1969 e rapidamente se tornou um dos favoritos da torcida, destacando-se no Campeonato Carioca de 1972 como artilheiro. Sua habilidade e carisma o tornaram um símbolo do clube, mesmo após sua transferência para o rival Fluminense em 1976. Ele foi naturalizado brasileiro em 1976 e, em 1982, torceu pela seleção brasileira na Copa do Mundo na Espanha.
A relação de Doval com o Flamengo nunca se apagou. Ele continuou frequentando a Gávea e expressando seu amor pelo clube, mesmo após sua passagem pelo Fluminense. Sua história é tão marcante que o jornal argentino Clarín o comparou a Pelé, afirmando que “Doval é para o Rio o que Pelé é para o restante do Brasil”.
A conexão de Doval com o Rio de Janeiro era tão forte que ele se tornou um amante do futevôlei e recusou propostas de clubes europeus, preferindo viver no calor carioca. Sua trajetória e carisma continuam a inspirar gerações de torcedores, mantendo viva a memória de um dos maiores ídolos da história do Flamengo.