- Cabo Verde tornou‑se o menor país a se classificar para a Copa do Mundo de 2026 ao vencer Eswatini por 3 a 0 nas Eliminatórias Africanas.
- Metade dos titulares na vitória nasceu fora do país, reforçando a estratégia de recrutamento internacional da seleção.
- O arquipélago, com quatro mil quilômetros quadrados e cerca de seiscentos mil habitantes, tem histórico de usar a diáspora para compor o elenco.
- Exemplos de jogadores nascidos no exterior: o zagueiro Roberto Pico Lopes, Crumlin (Irlanda), o lateral Steven Moreira, França; além de Jamiro Monteiro e Dailon Livramento.
- O técnico Pedro Leitão Britto, conhecido como Bubista, diz que a busca por talentos é constante, incluindo filhos ou netos de cabo-verdianos que migraram.
Cabo Verde, um arquipélago de 50 anos de independência e com aproximadamente 600 mil habitantes, fez história ao se tornar o menor país a se classificar para uma Copa do Mundo. A seleção alcançou essa marca ao vencer Eswatini por 3 a 0 nas Eliminatórias Africanas, consolidando uma estratégia de recrutamento internacional que já se mostra eficaz.
O feito é notável, considerando que Cabo Verde, com uma área de 4 mil quilômetros quadrados, não chega à metade do território do Catar, que detinha o recorde anterior. A população cabo-verdiana é maior apenas que a da Islândia, que participou da Copa de 2018. Metade dos jogadores titulares na vitória sobre Eswatini nasceu fora do país, refletindo a busca por talentos na diáspora.
Recrutamento Internacional
A seleção tem utilizado a diáspora como uma fonte valiosa de jogadores. O zagueiro Roberto Pico Lopes, natural de Crumlin, na Irlanda, e o lateral Steven Moreira, da França, são exemplos de como a equipe se beneficia de atletas nascidos no exterior. Além deles, outros jogadores, como Jamiro Monteiro e Dailon Livramento, também têm origens fora de Cabo Verde.
O técnico Pedro Leitão Britto, conhecido como Bubista, destacou a importância do trabalho de recrutamento. Ele afirmou que a seleção tem buscado talentos constantemente, mesmo quando não está em competição. A estratégia inclui a convocação de jogadores que são filhos ou netos de cabo-verdianos que deixaram o país em busca de melhores condições de vida.
Conexão com as Origens
Roberto Lopes, que se juntou à seleção após ser contatado pelo treinador via LinkedIn, expressou seu orgulho em defender Cabo Verde. Ele destacou a conexão emocional com suas raízes e a importância de representar o país de seu pai. Essa relação próxima com a diáspora tem sido fundamental para o fortalecimento da seleção e para a construção de uma identidade coletiva.
A classificação para a Copa do Mundo de 2026 é um marco significativo para Cabo Verde, que agora se destaca no cenário internacional. A combinação de talentos locais e da diáspora promete trazer novas esperanças e desafios para o futebol cabo-verdiano nos próximos anos.