- A presença feminina em cargos de liderança no futebol brasileiro ainda é exceção, mas começa a ganhar espaço.
- Miriam Athie, advogada e conselheira vitalícia do Corinthians, destaca resistência cultural e atraso no ambiente esportivo.
- Historicamente, poucas mulheres ocuparam funções de liderança, como Marlene Matheus, que presidiu o Corinthians, e Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras.
- Athie lembra que entrou no conselho do Corinthians após pedido ao ex-presidente Vicente Matheus, que inicialmente se opôs à ideia de ter uma mulher na função.
- Leila Pereira assumiu o comando do Palmeiras em dezembro de dois mil e vinte e um e é a única mulher a presidir um clube da Série A; a atuação vem abrindo espaço para novas lideranças femininas no futebol.
A presença feminina em cargos de liderança no futebol brasileiro ainda é uma exceção, mas começa a ganhar destaque. Miriam Athie, advogada e conselheira vitalícia do Corinthians, destaca a resistência cultural que impede a ascensão de mulheres em posições de poder. Para Athie, a situação é de atraso e ainda existe preconceito no ambiente esportivo.
Athie lembra que, historicamente, apenas algumas mulheres ocuparam cargos de liderança, como Marlene Matheus, que presidiu o Corinthians, e Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras. “Já passou da hora de estarmos onde também pertencemos”, afirma. Sua própria entrada no conselho do Corinthians foi marcada por um pedido ao ex-presidente Vicente Matheus, que inicialmente se opôs à ideia de ter uma mulher na função.
Avanços e Desafios
Apesar das dificuldades, Athie ressalta que existem conselheiras no Corinthians, embora a maioria ocupe cargos temporários. “Sou a única conselheira vitalícia. Isso mostra o quanto a estrutura ainda carrega um peso cultural”, diz. A comparação com o Palmeiras é inevitável. Sob a liderança de Leila Pereira, o clube se tornou uma referência em gestão feminina no futebol, acumulando títulos e investimentos significativos.
Leila, que assumiu em dezembro de 2021, é a única mulher a presidir um clube da Série A e tem mostrado que a competência feminina é uma realidade. Athie conclui que é necessário abrir portas e garantir que elas permaneçam abertas para futuras lideranças femininas no esporte. A mudança é lenta, mas as vozes femininas estão se tornando cada vez mais influentes no cenário do futebol brasileiro.