- O futebol brasileiro registra 116 casos de racismo desde janeiro de 2023, segundo o Observatório da Discriminação Racial do Futebol.
- Em apenas cinco dias, ocorreram dois incidentes: na Copa do Brasil sub-20, um jogador do Fortaleza agrediu um atleta do São Paulo; na Série B, torcedores do Avaí e do Remo foram alvo de ataques com gestos e palavras racistas.
- Em um episódio envolvendo torcedora catarinense, houve ataques contra torcedores paraenses com xenofobia, incluindo frases como “Olha a tua cor”.
- A situação reacende o debate sobre racismo no esporte e a necessidade de responsabilização, pois racismo é crime.
- Disparos de Luighi, atacante do Palmeiras, e Ángel Romero, do Corinthians, acenderam o debate ao questionarem a persistência do racismo no Brasil, considerado por Romero como o país mais racista da América do Sul.
O futebol brasileiro enfrenta um grave problema de racismo, com 116 casos registrados desde janeiro de 2023, segundo o Observatório da Discriminação Racial do Futebol. Recentemente, dois novos incidentes ocorreram em apenas cinco dias, evidenciando a persistência dessa prática criminosa. Durante a Copa do Brasil sub-20, um jogador do Fortaleza agrediu um atleta do São Paulo. Na Série B, um confronto entre Avaí e Remo teve uma torcedora catarinense atacando torcedores paraenses com gestos e palavras racistas.
Os episódios recentes reacendem o debate sobre o racismo no esporte. O atacante Luighi, do Palmeiras, já havia expressado sua indignação em março, questionando: “Até quando?”. Suas palavras ecoam a crítica de Ángel Romero, do Corinthians, que descreveu o Brasil como o país mais racista da América do Sul. Romero destacou que os ataques racistas são constantes e diários, reforçando que o Brasil precisa resolver suas questões internas.
Incidentes Recentes
No jogo entre Avaí e Remo, a torcedora fez alucinações sobre a condição salarial dos torcedores do Remo, gritando que eles voltariam a pé para Belém. “Olha a tua cor” foi uma das frases proferidas, demonstrando a xenofobia e o racismo que permeiam o ambiente esportivo. A situação se agrava com a normalização de comportamentos racistas, muitas vezes justificados como “racismo recreativo”.
A crítica à banalização do racismo no futebol é cada vez mais urgente. Racismo é crime, e os responsáveis por essas práticas devem ser responsabilizados. A sociedade precisa refletir sobre a aceitação desses comportamentos, questionando: até quando permitir que o racismo permaneça impune nas arquibancadas? As palavras de Luighi e Romero são um chamado à ação e à conscientização sobre a gravidade desse problema.