- Credores do Paraná Clube aprovaram o Plano Modificativo da Recuperação Judicial (AGC realizada em 19 de novembro de 2025), após duas suspensões, com mudanças na proposta de recuperação.
- A NextPlay Capital desistiu da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) antes de concluir o processo, mesmo com o interesse inicial em comprar 90 por cento das ações.
- A proposta inicial previa compra por R$ 212 milhões, mas a empresa não assumiu o passivo da recuperação, estimado em R$ 89,92 milhões, nem aceitou a diferença pela sub-sede da Kennedy.
- O terreno, com preço mínimo de R$ 70,8 milhões, enfrenta impedimentos legais por doação para fins esportivos e sociais, conforme a lei municipal nº 1550/1958.
- O Paraná Clube informou oposição ao plano, alegando insegurança jurídica e risco a potenciais investidores, e afirmou que o processo seguirá conforme as normas; há multa de R$ 13 milhões por quebra de contrato com o Espaço Torres.
Credores do Paraná Clube aprovaram, em Assembleia Geral dos Credores (AGC) realizada nesta quarta-feira, 19 de novembro de 2025, o Plano Modificativo da Recuperação Judicial. A decisão ocorreu após duas suspensões anteriores e trouxe à tona mudanças significativas na proposta de recuperação do clube. Contudo, a NextPlay Capital, que havia demonstrado interesse na compra de 90% das ações do clube, desistiu da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) antes da finalização do processo.
A proposta inicial da NextPlay previa uma compra por R$ 212 milhões, mas a empresa não concordou em arcar com o passivo da recuperação, estimado em R$ 89,92 milhões, além de não aceitar a diferença financeira da negociação da sub-sede da Kennedy. O preço mínimo para o terreno foi fixado em R$ 70,8 milhões, mas a venda enfrenta impedimentos legais devido à doação do terreno para fins esportivos e sociais, conforme a lei municipal nº 1550/1958. Além disso, o clube enfrenta uma multa de R$ 13 milhões pela quebra de contrato com o Espaço Torres.
Oposição do Clube
Após a retirada da proposta pela NextPlay, o Paraná Clube manifestou sua oposição ao plano aprovado. Em nota, o clube expressou que o texto gera insegurança jurídica e pode afastar potenciais investidores. O Paraná destacou que a situação compromete a estabilidade e o desfecho do processo de recuperação judicial. O clube segue agora com o processo regular, conforme as normas estabelecidas.
A situação do Paraná Clube é delicada, e a busca por um novo investidor se torna cada vez mais urgente para evitar a falência. A continuidade do processo de recuperação judicial será acompanhada de perto, uma vez que as decisões tomadas podem impactar diretamente o futuro do clube.