Futuro presidente da CBF se envolve em briga de trânsito e faz ameaças a motorista

Samir Xaud, médico e ex-goleiro, deve ser eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste domingo, 25 de setembro. Ele obteve o apoio de 25 federações estaduais e 10 clubes, enquanto 20 clubes, incluindo grandes como Corinthians e São Paulo, boicotam a eleição.

A trajetória de Xaud é marcada por polêmicas. Em fevereiro de 2023, ele se envolveu em um incidente de trânsito em Boa Vista, onde agrediu verbalmente um motorista e quebrou o retrovisor de seu carro. O caso foi arquivado após a desistência do motorista, que alegou que o processo se arrastaria por anos. A defesa de Xaud afirma que não houve condenação e que o caso é juridicamente inexistente.

Apoio e Controvérsias

A ascensão de Xaud à presidência da CBF ocorre em meio a um cenário conturbado. Ele é filho de Zeca Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol (FRF) há 42 anos. A eleição é viabilizada pelas federações, que têm peso três na votação. A falta de apoio de clubes tradicionais levanta questões sobre a legitimidade de sua candidatura.

Além disso, Xaud enfrenta um processo por improbidade administrativa relacionado à sua gestão no Hospital Geral de Roraima (HGR). O Ministério Público alega que ele falsificou documentos, resultando em um prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. A defesa sustenta que não há indícios de irregularidades.

Desafios à Frente da CBF

A nova gestão de Xaud inicia com desafios significativos. A ausência de apoio de diversos clubes e as controvérsias em torno de sua eleição podem impactar a credibilidade da CBF. O novo presidente, que também é empresário e instrutor de crossfit, terá que lidar com a pressão de um cenário esportivo dividido e com questões legais pendentes.