Botafogo vence em noite mística e mantém vivo sonho do bicampeonato

Místico. Assim foi o cenário do Botafogo na vitória por 1 a 0 sobre a Universidad de Chile, que garantiu a classificação para as oitavas de final da Libertadores e eliminou os chilenos. Com o título de 2024 conquistado em Buenos Aires, a partida no Nilton Santos trouxe à memória a emoção da final contra o Atlético-MG. A expulsão de Jair aos 27 minutos do primeiro tempo não desanimou os 34 mil torcedores presentes, que esperavam uma vitória heroica.

O capitão Marlon Freitas, em um gesto de união, reuniu os jogadores após a expulsão e pediu que jogassem pelo jovem Jair. Ele destacou a importância da família no grupo: "Aqui no Botafogo, ninguém fica para trás". A equipe encarou a Libertadores como um sonho a ser realizado, e a união foi fundamental para a conquista.

O técnico Renato Paiva, criticado por sua abordagem defensiva em jogos anteriores, manteve a formação inicial mesmo após a expulsão. Ele optou por levar Gregore para a zaga, acreditando na estratégia. "Nunca fui e nunca serei covarde", afirmou Paiva, que foi recompensado com o gol de Igor Jesus aos 37 minutos do segundo tempo, após um cruzamento de Savarino.

Presença de Ancelotti

O desempenho de Igor Jesus chamou a atenção de Carlo Ancelotti, que assistiu à partida de uma das cabines do estádio. Embora não tenha demonstrado muitas reações, a presença do técnico da seleção brasileira trouxe um peso adicional à vitória. A torcida alvinegra fez uma linda festa, enquanto o time mostrou solidez tática e qualidade individual.

Agora, o Botafogo busca repetir atuações como essa com consistência ao longo da temporada, não apenas em momentos decisivos da Libertadores, mas em todos os desafios que virão.