Fifa investiga CBF por pagamento a empresário na contratação de Ancelotti

A FIFA notificou a CBF sobre a comissão de 1,2 milhões de euros paga a Diego Fernandes, que atuou como intermediário na contratação do técnico Carlo Ancelotti. O problema surge porque Fernandes não é um agente registrado pela entidade internacional. Durante a gestão de Ednaldo Rodrigues, ele esteve em Madrid para fechar o contrato com o novo treinador da seleção brasileira.

O acordo entre a CBF e Ancelotti, elaborado por Ednaldo, incluiu o pagamento a Fernandes, que, segundo a legislação da FIFA, só pode ser feito a agentes credenciados. O artigo 11 das regras da FIFA estabelece que apenas esses profissionais podem intermediar contratos e transferências. Além de seu papel na negociação, Fernandes se destacou nas redes sociais, o que gerou desconforto na nova diretoria da CBF.

A nova gestão da CBF expressou incômodo com a superexposição de Fernandes nas mídias sociais, que contratou agências de relações públicas para promover sua imagem. A notificação da FIFA é atribuída a essa visibilidade excessiva. O UOL tentou contato com Fernandes, mas não obteve resposta até o momento. O contrato ainda prevê que ele seja reembolsado pelas passagens aéreas utilizadas nas viagens à Europa.

A gestão anterior da CBF havia acordado algumas formas de exposição do trabalho de Fernandes, incluindo postagens nas redes sociais. Recentemente, a CBF publicou uma foto de Fernandes ao lado de Ancelotti, agradecendo pelo suporte na nova fase da seleção. A nova diretoria, sob a liderança de Samir Xaud, não fez menção a Fernandes, que chegou ao Brasil com Ancelotti em um jatinho pago pela CBF. Desde o início do envolvimento na negociação, o empresário aumentou sua presença online, passando de um perfil fechado no Instagram para mais de 26 mil seguidores.