03 de jul 2025

Times europeus e brasileiros apresentam estatísticas semelhantes no Mundial de clubes
Clubes europeus enfrentam dificuldades na Copa do Mundo de Clubes devido a fatores físicos e mentais, além das altas temperaturas nos EUA.

Arias, do Fluminense, é cercado por Dimarco e Barella, da Inter; clube brasileiro jogou mais do que o italiano neste ano e também desde agosto de 2024 (Foto: Susana Vera - 30.jun.25/Reuters)
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A Copa do Mundo de Clubes, realizada no verão dos Estados Unidos, tem surpreendido com a dificuldade enfrentada por clubes europeus. As altas temperaturas, frequentemente acima de 30°C, têm sido um desafio para as equipes, que costumam jogar em climas mais amenos. Embora a ideia de desgaste físico tenha sido amplamente discutida, novos dados indicam que essa não é a única explicação para as derrotas europeias.
Um levantamento da Folha, com base em dados do site Transfermarkt, revela que os números de partidas disputadas por clubes brasileiros e europeus são bastante similares. Tanto o Paris Saint-Germain quanto o Real Madrid chegaram ao torneio com 38 partidas cada, o mesmo número de Palmeiras e Fluminense. A Inter de Milão, vice-campeã continental, e o Flamengo jogaram 37 vezes, enquanto o Botafogo teve 36 jogos antes do Mundial.
Mesmo considerando a primeira metade da temporada 2024/25, as diferenças de desgaste não justificam as surpresas. O PSG, por exemplo, jogou 58 vezes desde agosto, enquanto o Botafogo teve 60 partidas. A Inter fez 59, contra 61 do Fluminense. O Bayern, com apenas 51 jogos, enfrentou um Flamengo que disputou 65 partidas, mostrando que o número de jogos não é o único fator a ser considerado.
Fatores de Desgaste
O preparador físico Altair Ramos destaca que o desgaste não é apenas físico, mas também mental. Os jogadores brasileiros retornaram de férias em janeiro, enquanto os europeus continuaram jogando até o final de dezembro. A intensidade dos jogos e as condições climáticas também influenciam no desempenho. Ramos, que participou do bicampeonato mundial do São Paulo, observa que a situação atual é inversa àquela vivida nos anos 90, quando os clubes brasileiros jogavam em alta intensidade enquanto os europeus estavam em fim de temporada.
A realização do torneio em um período de férias para os europeus gera descontentamento. Jogadores como Raphinha, do Barcelona, expressaram que abrir mão das férias para participar de um torneio obrigatório é complicado. A combinação de fatores físicos e mentais, aliada às condições climáticas, tem sido crucial para o desempenho das equipes na Copa do Mundo de Clubes.
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