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Filme ‘O brutalista’ destaca a arquitetura que transformou São Paulo e é indicado ao Oscar

- O filme "O brutalista" foi indicado a dez Oscars, incluindo Melhor Filme. - László Tóth, interpretado por Adrien Brody, é um arquiteto húngaro. - A obra explora a evolução do brutalismo e sua relação com a sustentabilidade. - Arquitetos brasileiros destacam a ética do projeto e a busca por espaços generosos. - O brutalismo, embora resistente, enfrenta críticas por sua sustentabilidade ambiental.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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O filme “O brutalista”, protagonizado por Adrien Brody como László Tóth, apresenta um arquiteto húngaro que busca recomeçar sua vida nos Estados Unidos após o Holocausto. Tóth propõe um centro comunitário, destacando que o concreto é “barato e resistente”, refletindo a filosofia brutalista que valoriza a estética do material exposto. O longa, indicado a dez […]

O filme “O brutalista”, protagonizado por Adrien Brody como László Tóth, apresenta um arquiteto húngaro que busca recomeçar sua vida nos Estados Unidos após o Holocausto. Tóth propõe um centro comunitário, destacando que o concreto é “barato e resistente”, refletindo a filosofia brutalista que valoriza a estética do material exposto. O longa, indicado a dez Oscars, explora a trajetória de um visionário que, na Europa, construiu diversas estruturas acreditando que elas poderiam resistir ao horror nazista e inspirar mudanças sociais.

O brutalismo, uma vertente da arquitetura modernista, é caracterizado por edifícios com estruturas de concreto e aço à mostra, sem revestimentos. Este estilo se popularizou em países como os Estados Unidos e Japão, e no Brasil, deixou sua marca em construções icônicas, como a FAU-USP e o MAM do Rio de Janeiro. A Escola Paulista, que formou muitos arquitetos, é reconhecida por sua abordagem que mescla funcionalidade e estética, promovendo a interação social através de espaços abertos e acessíveis.

Guilherme Wisnik, professor da FAU-USP, ressalta que o brutalismo dá visibilidade a elementos técnicos que antes eram ocultos, enquanto Monica Junqueira menciona que o movimento surgiu em um contexto de escassez pós-guerra, priorizando a estrutura em detrimento da ornamentação. Exemplos como a Unidade Habitacional de Marselha, de Le Corbusier, ilustram a beleza do concreto em sua rusticidade, um conceito que se consolidou no Brasil, especialmente em São Paulo, onde a formação em engenharia favoreceu a construção de obras complexas.

Atualmente, arquitetos como Milton Braga e Fabio Valentim defendem uma “ética do projeto”, buscando criar espaços generosos e interativos. A sustentabilidade é uma preocupação crescente, já que o concreto, apesar de suas qualidades, não é ambientalmente amigável. A busca por materiais alternativos e práticas que promovam a equidade social reflete o legado progressista da Escola Paulista, que ainda inspira arquitetos a projetar edificações que incentivem a democracia e a convivência coletiva.

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