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Governo intensifica ações para desmantelar fábricas clandestinas de armas no país

A apreensão de fuzis aumentou 44,8% nos últimos quatro anos, com 39% das armas sem identificação de fabricante, indicando produção ilegal crescente

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Armas apreendidas em operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio (Foto: Reprodução)
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  • A Polícia Federal apreendeu dez máquinas para fabricar fuzis AR-15 em um galpão em Santa Bárbara D’Oeste, São Paulo, em agosto.
  • Durante a mesma operação, o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) encontrou uma fábrica de munição em São Roque, onde foram localizadas mais de cem armas.
  • Entre 2019 e 2023, as apreensões de fuzis aumentaram 44,8%, passando de 1.139 para 1.650 unidades.
  • Um dado preocupante é que 39% dos fuzis apreendidos não tinham indicação de fabricante, indicando a presença de fábricas ilegais.
  • A fabricação clandestina de armas tem crescido, impulsionada por políticas armamentistas que facilitaram o acesso a armamentos, levando facções criminosas a se tornarem mais autossuficientes.

A Polícia Federal apreendeu, em agosto, dez máquinas de última geração para a fabricação clandestina de fuzis AR-15 em um galpão em Santa Bárbara D’Oeste, São Paulo. No mesmo período, uma operação do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) resultou na descoberta de uma fábrica de munição em São Roque, também no interior paulista, onde foram encontradas mais de cem armas.

Entre 2019 e 2023, as apreensões de fuzis aumentaram 44,8%, passando de 1.139 para 1.650 unidades. Um dado alarmante é que 39% dos fuzis apreendidos não tinham indicação de fabricante, evidenciando a atuação de fábricas ilegais que produzem armamento “fantasma”. Segundo os pesquisadores Bruno Langeani e Natália Pollachi, do Instituto Sou da Paz, essa situação é um reflexo do crescimento da criminalidade e da busca por fontes locais de abastecimento por parte do crime organizado.

Crescimento do Crime Organizado

O aumento na fabricação clandestina de armas é impulsionado pela política armamentista do Brasil, que, durante o governo anterior, facilitou o acesso a armamentos. Com a revogação dessas medidas, a produção ilegal ganhou novo fôlego. As facções criminosas têm se tornado cada vez mais autossuficientes, utilizando linhas de montagem clandestinas que operam ao longo das fronteiras, especialmente entre Brasil e Paraguai.

Estudos forenses indicam que 48% das submetralhadoras apreendidas em São Paulo entre 2011 e 2012 eram armas artesanais, sem componentes industriais. O tráfico de armas e o desvio de armamentos comprados legalmente continuam a ser problemas significativos, enquanto as fábricas clandestinas se tornam uma fonte crescente de abastecimento para o crime organizado.

Desafios para a Segurança Pública

A situação exige uma resposta contundente das autoridades. Cortar as linhas de suprimento do crime organizado deve ser uma prioridade nas estratégias de combate à criminalidade. O acesso a armamentos é um dos principais recursos utilizados pelas facções para perpetuar a violência. A luta contra a fabricação clandestina de armas é crucial para a segurança pública no Brasil.

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