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Arte como classe de ativos: a era do investimento está chegando ao fim

Declínio de retornos da arte como classe de ativo leva gestores a reduzir alocações; Pictorum entra em liquidação e o mercado foca em preservar valor, não em retorno

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Maurizio Cattelan, America (2016) hammered at Sotheby's New York for $10m; Courtesy of Sotheby's
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  • Maurizio Cattelan’s toilet de ouro maciço foi vendido por US$ 10 milhões na Sotheby’s, em Nova York, acima do preço à vista do ouro, em torno de US$ 9,8 milhões.
  • A venda é apresentada como exemplo de avaliação de arte pelo peso, contrastando com exemplos de valoração nebulosa, como a instalação de David Shrigley, ainda sem comprador.
  • Novo relatório conjunto Deloitte/ArtTactic aponta declínio contínuo dos retornos da arte como classe de ativo, corroborado por Clare McAndrew com dados do Art Basel/UBS.
  • Gestores de riqueza e fundos têm reduzido alocações em arte; Pictorum Advisory entrou em liquidação, e as participações oscilam entre 3% e 10% para ativos de paixão, conforme o perfil.
  • Em resumo, o mercado busca manter o valor da arte mais do que buscar retorno financeiro, com evidências de queda de atratividade como investimento.

O mercado de arte passou a ser visto com mais ceticismo como classe de investimento após um conjunto de fatos recentes. Em Nova York, o toilet de ouro de Maurizio Cattelan foi vendido por cerca de 10 milhões de dólares na Sotheby’s, acima do valor do ouro à vista, gerando debate sobre a relação entre valor artístico e valorização financeira. A transação expõe o paradoxo entre a busca por apelo artístico e a lógica de retorno financeiro.

Novos relatórios apontam mudanças relevantes. Um estudo conjunto entre Deloitte e ArtTactic indica declínio continuo dos retornos da arte como ativo. Clare McAndrew reforça esse cenário com dados do Art Basel/UBS, destacando menor concentração de riqueza destinada a arte pelos compradores. Analistas apontam maior cautela por parte de gestores de patrimônio.

Paralelamente, o mercado registra impactos práticos: a Pictorum Advisory entrou em liquidação, evidenciando retração de modelos de negócio que promoviam arte como investimento. Dados de 2025 apontam queda na alocação de arte entre billionaire families e family offices, com valores médios de participação sob 9%, segundo Deloitte. O estudo do Art Basel/UBS mostra queda de 19% para 15% na exposição de UHNWIs em arte entre 2023 e 2024.

Tendências dominantes

A narrativa atual indica foco maior em manter o valor da arte do que em obter retorno expressivo. Especialistas comentam que, mesmo com a liquidez de obras de grande notoriedade, a volatilidade de preços e riscos de mercado continuam altos. A demanda tende a privilegiar obras que preservem valor ao longo do tempo, não apenas ganhos rápidos.

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