- Em 2024, o Brasil foi o principal motor do ecossistema de startups da América Latina, respondendo por 62% das rodadas de equity na região.
- O país concentrou nove rodadas acima de US$ 50 milhões e 153 das 200 aquisições de LATAM envolvendo startups brasileiras.
- Investidores corporativos ampliaram o volume de rodadas com participação corporativa em 105% na América Latina; no Brasil, nove rodadas superaram US$ 50 milhões.
- No contexto de fusões e aquisições, fintechs representaram 20% das transações, deep tech avançou 83% e a inteligência artificial ganhou protagonismo nas maiores rodadas.
- O setor educacional, exemplificado pela TutorMundi, utiliza IA para automação interna, mantendo a mediação pedagógica com tutores humanos e expandindo para o modelo B2B.
O Brasil consolidou em 2024 sua posição como principal motor do ecossistema de startups da América Latina. O país respondeu por 62% de todas as rodadas de equity na região, com destaque para captações acima de US$ 10 milhões e US$ 50 milhões. Os dados são do levantamento 2024 in Review, da Sling Hub em parceria com o Itaú BBA.
Entre as aquisições, o Brasil também teve participação dominante: 153 das 200 operações registradas na América Latina envolveram startups brasileiras, o que equivale a 77% do total. A consolidação indica amadurecimento do ecossistema nacional e maior credibilidade para compradores regionais e internacionais.
Rodadas e atuação de investidores corporativos
No ano, o volume agregado de rodadas com participação de corporate players cresceu 105%. Nove iniciativas superaram US$ 50 milhões, alta de 29% frente a 2023, reforçando o uso de participações estratégicas para acelerar digitalização e avançar em deep tech, fintech e IA.
M&A e setores em evidência
A dinâmica de fusões e aquisições aponta maior diversificação setorial, com 53% das transações envolvendo compradores e adquiridas em setores distintos. Fintechs permaneceram ativas, representando 20% das aquisições, enquanto deep tech avançou expressivamente, com crescimento de 83% em 2024.
Setor educacional e IA
No campo educacional, o TutorMundi destacou o uso de IA para otimizar processos internos, como triagem de dúvidas e revisões automáticas, mantendo a mediação humana. A plataforma registrou mais de 1 milhão de atendimentos ao longo de sua trajetória, com expansão para o modelo B2B e operação remota.
Perspectivas para 2026
O relatório aponta que a IA deve seguir como componente estrutural em grandes rodadas e em aplicações de deep tech e fintech. A tendência de concentração de capital em menos empresas, aliada à expansão de setores como educação, saúde e energia, sinaliza continuidade do ritmo de crescimento do ecossistema brasileiro na região.