- O presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana, vai levar para votação a convocação do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, para esclarecer supostas omissões da AGU em relação a alertas sobre uma entidade que tem o irmão do presidente Lula como vice‑presidente.
- A votação está marcada para a próxima sessão da CPMI, na quinta‑feira, 27 de março, com o objetivo de esclarecer possíveis omissões da AGU no processo que investiga descontos ilegais a aposentados e pensionistas.
- A oposição aponta seletividade na atuação da AGU e cita que, em pedido de bloqueio de bens de organizações suspeitas, Messias deixou fora seis das nove entidades listadas em documentos internos.
- O momento é marcado por desgaste político, com o governo enfrentando críticas e rompimentos entre o presidente da CPMI, Davi Alcolumbre, e o líder do governo, Jaques Wagner, além de pressão para que Messias compareça.
- O ministro já havia expressado apreensão com impactos políticos da investigação, enquanto parlamentares destacam a necessidade de ouvi-lo para esclarecer os fatos.
O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, anunciou nesta terça-feira que colocará em votação a convocação do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias. O objetivo é esclarecer possíveis omissões da AGU em relação a alertas ligados a uma entidade com o irmão do presidente Lula como vice-presidente. A sessão está marcada para quinta-feira (27).
A CPMI investiga descontos ilegais aplicados a aposentados e pensionistas. O debate gira em torno de irregularidades em organizações que prestam serviços assistenciais, listadas em um relatório interno da AGU. O documento aponta nove entidades como alvos potenciais e prevê medidas administrativas caso as irregularidades sejam comprovadas.
A oposição sustenta que a AGU atuou de forma seletiva ao excluir parte dessas entidades, o que alimenta o desgaste político do governo. A convocação de Messias ocorre em momento de 蒂 tensão para o ministro, que precisa de votos no Senado para ascender ao STF. O clima na comissão tem sido de críticas ao titular da pasta.
Detalhes da convocação e impactos
O relatório interno da AGU, citado pela imprensa, apontava irregularidades em entidades que atendem aposentados e pensionistas. Em maio, Messias autorizou bloqueio de bens de organizações suspeitas, mas deixaram de fora seis das nove citadas. Parlamentares veem possível omissão e o debate ganha contornos políticos relevantes para o governo.
Nesta terça, o relator Alfredo Gaspar cobrou presença de Messias na CPMI, afirmando que é obrigação ouvir o ministro. Messias já manifestou preocupação com impactos políticos da investigação sobre a devolução de recursos aos aposentados, mas até agora não compareceu a um convite formal. A próxima sessão tende a consolidar o clima de cobrança e esclarecer as responsabilidades da AGU no caso.