- Grupo parlamentar pede ação firme antes da cimeira internacional anti‑corrupção e destaca necessidade de maior transparência nos BOTs.
- Governo do Reino Unido é acusado de ceder à pressão das Ilhas Virgens Britânjas ao limitar o acesso ao registro de titularidade beneficiária a interessados legítimos, em discussão que começa na terça-feira, em Londres.
- BOTs não cumprem a legislação de dois mil e oito que previa registro público, aumentando o risco de corrupção e evasão fiscal segundo o grupo.
- FATF colocou as Ilhas Virgens Britânjas na lista cinzenta em junho de dois mil e vinte e cinco, citando falta de transparência sobre a titularidade real das empresas.
- Lady Hodge, defensora de maior transparência, visitou as BVI em setembro e participou de esforços para que o acordo sobre os registros seja firmado antes da cimeira Global Illicit Finance Summit.
O grupo parlamentar pediu ao governo medidas firmes antes da cimeira internacional anti-corrupção para enfrentar falhas no registro de titularidade de empresas em territórios ultramarinos britânicos (BOTs). Reuniões entre o Foreign Office e líderes dos BOTs em Londres começam nesta semana, com a expectativa de avanços sobre a transparência de registros de beneficiários.
A cobrança vem após pressões históricas para que as informações estejam disponíveis publicamente. O grupo representa diversas correntes e declara que o encontro representa a última oportunidade para consolidar normas de transparência antes da cimeira global de finanças ilícitas.
Segundo a pauta, jurisdições como BVI e Ilhas Cayman são foco das demandas para implementar registros abertos, ampliando o acesso a dados por pessoas com interesse legítimo. A BVI admite restrições, o que tem gerado críticas e alegações de retrocesso.
O FATF incluiu a BVI na lista cinza em junho de 2025 devido à opacidade dos registros de titularidade. A organização de combate à lavagem de dinheiro aponta que o público veria apenas um subconjunto de dados, dificultando a aplicação de normas.
A arquivista do grupo anti-corrupção, Lady Hodge, que ajudou a aprovar leis de abertura de registros, participou de visitas à BVI e reforçou a importância de acordos entre autoridades. A reunião anterior, em 2024, resultou na promessa de que BOTs adotariam registros abertos até junho de 2025.