- Voluntários estrangeiros na Ucrânia, incluindo americanos, ficaram desmoralizados com as pressões de Donald Trump sobre Kyiv e com o suposto plano de paz de 28 pontos vazado recentemente.
- O documento, atribuído a Steve Witkoff, seria uma reembalagem das exigências de Vladimir Putin e foi divulgado à imprensa.
- Responsáveis republicanos criticaram o conteúdo e o momento, com congressista Don Bacon chamando o plano de “surrender plan” e sugerindo que parece ter sido escrito pela Rússia.
- O texto propõe concessões significativas a Ucrânia, incluindo a cessação de Donetsk e Luhansk, a renúncia à adesão à OTAN e redução substancial do tamanho das Forças Armadas.
- A divulgação gerou preocupação entre veteranos e defensores da Ucrânia, que veem o plano como prejudicial aos interesses americanos e à defesa da soberania ucraniana.
Voluntários estrangeiros que ajudam a Ucrânia desde a invasão de 2022 enfrentam o desgaste com as pressões continuadas de Donald Trump sobre Kyiv. A presença de americanos entre os treinadores, médicos e soldados é marcada por tensões políticas nos Estados Unidos, especialmente entre apoiadores que defendem a linha de Kyiv.
Na edição recente de vazamento, surgiu um suposto plano de paz de 28 pontos, atribuído a Steve Witkoff, enviado de Trump que negocia com a Rússia. O documento é visto como uma reedição de demandas máximas de Vladimir Putin e gerou críticas rápidas de setores republicanos e de líderes de defesa.
O conteúdo do plano aponta concessões significativas: ceder integralmente regiões ucranianas, declarar que a Ucrânia não aderirá à Otan e reduzir drasticamente o tamanho das forças armadas. Desconhece-se com segurança a autoria final e os motivos para a divulgação, que ocorreu antes de qualquer confirmação oficial.
Reações no Departamento e no Congresso
Alguns congressistas republicanos criticaram o material, descrevendo-o como um indício de rendição e associando-o a uma possível influência russa sobre o processo. Outros parlamentares afirmaram não reconhecer a autoria nem a veracidade do documento, pedindo cautela.
Entre voluntários e defensores da Ucrânia, a reação foi de perplexidade e preocupação com o impacto de tais propostas no esforço de defesa do país. Um veterano de forças especiais, que atua na Ucrânia desde 2022, considerou o conteúdo descolado da realidade no terreno. Relatos internos apontam ressentimento com a percepção de que os Estados Unidos podem repensar o apoio militar.
Contexto político e operacional
O vazamento ocorre em meio a tentativas de reconciliação entre o governo ucraniano e a gestão de Washington, com o objetivo de manter apoio contínuo à defesa da soberania ucraniana. A discussão sobre o papel de Washington na segurança europeia persiste entre aliados e opositores no país.