- O presidente Masoud Pezeshkian afirmou que Teerã pode enfrentar evacuação ou realocação por escassez de água, gerando pânico.
- A ideia de mudar a capital não é nova e costuma ressurgir após abalos sísmicos, como os terremotos de Manjil-Rudbar (1990) e Bam (2003).
- A crise hídrica atual intensifica o temor, com a poluição do ar e frequentes quedas de energia aumentando a sensação de exílio lento.
- Autoridades destacam que a mudança de capital é uma fantasia; os problemas reais são má gestão hídrica, corrupção e interesses de redes contratadas, incluindo o setor militar.
- Medidas propostas passam por reduzir o consumo, reutilizar água cinza, recarregar aquíferos e reforçar estruturas, sem considerar deslocar a capital para Makran ou outra região.
A maioria das pessoas ficou em alerta após o alerta do presidente Masoud Pezeshkian sobre uma possível evacuação de Teerã devido à escassez de água. A ideia de mudar a capital é antiga e costuma ressurgir após abalos sísmicos, como as catástrofes de Manjil-Rudbar (1990) e Bam (2003). Agora, o riso é alimentado pela crise hídrica.
Segundo especialistas, a discussão não representa solução real, mas evidencia falhas de governança, má gestão hídrica e interesses de redes de contratados, incluindo o setor militar. Autoridades associam a volatilidade a décadas de decisões com pouco foco em sustentabilidade urbana.
Contexto histórico
Ao longo do tempo, autoridades já cogitaram deslocar a capital após tremores e pressões demográficas. Pesquisas de geólogos destacam riscos sísmicos de Teerã, porém planos de realocação nunca foram implementados. O desafio permanece: a cidade não dispõe de água suficiente para sustentar o crescimento.
Falhas estruturais
Especialistas apontam que a gestão de água beneficiou redes de contratos ligados a órgãos militares, em detrimento de regras de construção mais rígidas. Projetos de barragens e transferência de rios ampliaram a vulnerabilidade de infraestruturas em zonas sísmicas.
Desdobramentos práticos
A escassez de água já tensions a vida urbana, com possibilidade de impactos em serviços públicos e indústria. Mesmo sem um plano concreto, a ideia de transferir a capital alimenta debates sobre custo financeiro e viabilidade logística.
Caminhos sugeridos
Analistas indicam medidas para reduzir consumo, ampliar reúso de água cinza e reparar vazamentos. Investimentos em recarga de aquíferos e reforço de edificações em áreas de risco são apontados como ações mais factíveis que uma mudança de capital.