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Prisão de Bolsonaro encerra ciclo de supremacia militar sobre o poder civil

STF determina cumprimento de penas de Bolsonaro e seis cúmplices; prisões em andamento e Ramagem em fuga, com Aloysio Nunes falando em fim de ciclo e vigilância

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Prisão de Bolsonaro e cúmplices fecha ciclo de supremacia militar sobre o poder civil, diz ex-chanceler
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  • STF mandou cumprir as penas de Jair Bolsonaro e de seis cúmplices-chave da tentativa de golpe, incluindo os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) — Ramagem está em fuga nos Estados Unidos.
  • A decisão marca o início do cumprimento de penas e o encerramento de um ciclo em que as Forças Armadas se viam acima do poder civil.
  • Aloysio Nunes, ex-ministro das Relações Exteriores, afirma que as Forças Armadas históricamente buscaram intervir na vida pública para arbitrar conflitos, associando o movimento à Guerra Fria e ao anticomunismo.
  • Ramagem está na condição de foragido nos EUA; os demais envolvidos seguem sob cumprimento de pena conforme o judiciário.
  • O ex-chanceler aponta que o episódio repete uma trajetória antiga, mas alerta que é necessário manter vigilância para evitar novas conspirações, disse que há políticos que ainda incentivam intervenções militares.

O Supremo Tribunal Federal ordenou o início do cumprimento das penas de Jair Bolsonaro e de seis cúmplices próximos do núcleo que liderou a tentativa de golpe. A decisão, proferida na terça-feira, 25, envolve Bolsonaro, os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, o almirante Almir Garnier e o deputado Alexandre Ramagem, que se encontra em fuga nos Estados Unidos. A atuação marca o fortalecimento do poder civil e a aplicação da lei frente a ações associadas a instituições militares que buscaram arbitrar disputas políticas.

O anúncio ocorre em meio a um cenário de longos ciclos de militarização da política. Avaliações destacam que as Forças Armadas, historicamente, assumiram papel de intérprete da vida pública em momentos de crise, o que remete ao golpe de 1964 sob a justificativa de uma “revolução redentora”. A leitura atual aponta para a necessidade de vigilância para evitar novas investidas de cunho golpista.

Aloysio Nunes, ex-chanceler e ex-ministro da Justiça, afirma que o ciclo de intervenção militar pode ter chegado ao fim com a responsabilização civil pela lei. Segundo ele, a dinâmica de apoio político a ações militares manteve a lógica de defesa de privilégios e de nomeações, evidenciando uma repetição do passado com roupagem moderna. O ex-ministro alerta ainda que figuras políticas que buscaram relação estreita com quartéis permanecem ativas, sem identificar sinais claros de mudança de estratégia entre possíveis herdeiros políticos de Bolsonaro.

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