Empresa de balão que caiu em SP reabre após mudança de CNPJ e interdição anterior

A empresa Aventurar, que opera balões, foi novamente alvo de atenção após um acidente fatal ocorrido na manhã de domingo, 15 de outubro, na zona rural de Capela do Alto. Um balão da empresa caiu, resultando na morte de uma passageira, enquanto o piloto foi preso e indiciado por homicídio culposo e irregularidades na operação.

A Prefeitura de Boituva informou que a Aventurar já havia sido interditada anteriormente devido a irregularidades, como a falta de documentação e licenças necessárias. Apesar disso, a empresa retomou suas atividades sob um novo CNPJ, desrespeitando as normas de segurança. A gestão municipal enfatizou que o balão não estava vinculado ao 38º Campeonato Brasileiro de Balonismo, que ocorria na cidade no mesmo fim de semana.

De acordo com a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB), as irregularidades que levaram à interdição da Aventurar incluíam a falta de documentação do balão e a ausência de licença do piloto. O balão que caiu decolou de Iperó, cidade vizinha, e transportava 33 passageiros, além do piloto e um ajudante. Durante o voo, o piloto tentou pousar em áreas inadequadas, resultando na queda.

Uma das vítimas, uma mulher, foi levada a um hospital em Sorocaba, mas não sobreviveu aos ferimentos. Informações indicam que a mulher poderia estar grávida, levando a polícia a solicitar exames para confirmar a gestação. O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) realizará a perícia no equipamento apreendido.

O piloto permanece detido em Tatuí e enfrentará acusações por homicídio culposo, agravado pelo exercício irregular de atividade de risco e por operar um equipamento aéreo sem certificação adequada. Como consequência do acidente, a CBB cancelou todas as competições programadas para o domingo.