Notícias

Soldados israelenses afirmam ter ordens para atirar em civis em Gaza; Israel nega

Soldados israelenses relatam disparos rotineiros contra civis em busca de ajuda, resultando em centenas de mortes em Gaza.

Palestinos carregam pacotes de alimentos doados enquanto outros correm em direção a um ponto de distribuição na Cidade de Gaza (Foto: Saher Alghorra/The New York Times)

Palestinos carregam pacotes de alimentos doados enquanto outros correm em direção a um ponto de distribuição na Cidade de Gaza (Foto: Saher Alghorra/The New York Times)

Ouvir a notícia

Soldados israelenses afirmam ter ordens para atirar em civis em Gaza; Israel nega - Soldados israelenses afirmam ter ordens para atirar em civis em Gaza; Israel nega

0:000:00

Um mês após a Fundação Humanitária para Gaza (GHF) iniciar a distribuição de alimentos e suprimentos essenciais, relatos de soldados israelenses indicam que disparos contra civis em busca de ajuda se tornaram rotina. Desde 27 de maio, 549 palestinos foram mortos e mais de 4 mil ficaram feridos nas proximidades de centros de distribuição, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Testemunhos de oficiais e soldados das Forças Armadas de Israel, publicados pelo jornal Haaretz, revelam que ordens foram dadas para disparar contra multidões desarmadas, mesmo sem ameaças. Um soldado afirmou que "matar inocentes virou rotina", descrevendo como os disparos são usados para dispersar civis que tentam se aproximar dos locais de ajuda.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, rejeitaram as acusações, chamando-as de "mentiras mal-intencionadas". No entanto, os relatos corroboram depoimentos de civis e análises de especialistas, que atestam o uso de armamentos contra palestinos em busca de alimentos.

Distribuição Caótica

A distribuição de alimentos pela GHF tem sido caótica, com multidões desesperadas correndo em direção às pilhas de caixas. Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para refugiados palestinos, classificou a situação como "uma abominação". Apenas quatro centros de distribuição operam em Gaza, geralmente por uma hora pela manhã, resultando em mais de duas dezenas de incidentes violentos.

Soldados relataram que o Exército israelense dispara para afastar pessoas antes e depois da distribuição. Um oficial da GHF considerou "inaceitável" que a única forma de comunicação seja abrir fogo, destacando que civis buscam ajuda, não representam uma ameaça.

Críticas Internas

A situação em Gaza é vista por alguns soldados como um "campo de extermínio", com mortes diárias de civis. Um oficial da divisão mencionou que o general de brigada Yehuda Vach, comandante da Divisão 252, é um dos responsáveis por essa política de disparos. A Corregedoria-Geral Militar foi instruída a investigar os episódios de suspeita de crimes, mas muitos oficiais expressam frustração com a falta de ação.

Um porta-voz das Forças Armadas afirmou que o Hamas tenta dificultar a distribuição de alimentos e que as diretrizes proíbem ataques deliberados a civis. A GHF, que começou a operar após Israel interromper o envio de mantimentos, enfrenta críticas por sua abordagem militarizada e privatizada, com mais de uma dúzia de organizações humanitárias pedindo sua suspensão.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela