Ataque israelense a café em Gaza deixa dezenas de mortos, incluindo crianças

Um ataque aéreo israelense em Gaza City resultou na morte de pelo menos 31 pessoas, a maioria mulheres e crianças, e deixou 70 feridos. O alvo foi o Al-Baqa café, um local popular entre estudantes e jornalistas. O diretor do hospital Al-Shifa, Dr. Mohammad Abu Silmiya, confirmou as informações e destacou a gravidade da situação.

Imagens do local mostram densa fumaça e destruição significativa, com equipes de resgate retirando corpos. O hospital enfrenta uma grave escassez de recursos, com falta de leitos de UTI e anestésicos. Silmiya informou que os feridos estão sendo tratados no chão do hospital devido à falta de espaço.

Entre as vítimas, estava o jornalista freelancer Ismail Abu Hatab, elevando para 228 o número de jornalistas mortos em Gaza desde outubro de 2023, segundo o Escritório de Mídia do governo do Hamas. O ataque ocorreu em um momento em que o café estava cheio de pessoas buscando acesso à internet.

Contexto dos Conflitos

Desde o início dos conflitos em outubro, a situação em Gaza se deteriorou rapidamente. Em um dia, o Exército israelense registrou 67 mortes palestinas em diversos ataques aéreos e terrestres. Os bombardeios têm se intensificado, atingindo áreas civis e resultando em uma campanha de "terra arrasada".

A escassez de alimentos e a miséria entre os palestinos aumentam a cada dia. Moradores relatam que as operações militares têm dificultado o acesso de ambulâncias e equipes de socorro. O Exército israelense afirma que suas ações visam centros de comando do Hamas, mas a população civil continua a sofrer as consequências.

Repercussões e Respostas

O ataque ao Al-Baqa café gerou indignação entre jornalistas e defensores dos direitos humanos. A situação crítica nos hospitais e a falta de recursos essenciais levantam preocupações sobre a capacidade de atendimento aos feridos. As autoridades locais pedem ajuda urgente para enfrentar a crise humanitária em Gaza, que se agrava a cada dia.