- O Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO) registrou a maior fusão de buracos negros já documentada em novembro de 2023.
- O evento, chamado GW231123, envolveu buracos negros com massas de 100 e 140 vezes a do Sol, resultando em um novo buraco negro de 225 massas solares.
- Essa fusão é 50% mais massiva do que a anterior e desafia teorias sobre a formação de buracos negros.
- Cientistas sugerem que os buracos negros podem ter se formado por fusões anteriores, em um processo conhecido como fusões hierárquicas.
- O evento ocorreu a uma distância estimada de 2,3 a 13,4 bilhões de anos-luz da Terra e os buracos negros giravam a cerca de 40 rotações por segundo.
O Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO) registrou a maior fusão de buracos negros já documentada, ocorrida em novembro de 2023. O evento, denominado GW231123, envolveu buracos negros com massas de 100 e 140 vezes a do Sol, resultando em um novo buraco negro com 225 massas solares. Essa descoberta desafia teorias existentes sobre a formação de buracos negros.
Os cientistas, incluindo o físico Mark Hannam, da Universidade de Cardiff, destacam que essa fusão é 50% mais massiva do que a anterior. A maioria das fusões detectadas pelo LIGO envolve buracos negros de massa estelar, que normalmente se formam após a explosão de estrelas massivas. No entanto, os buracos negros envolvidos em GW231123 estão em uma faixa de massa onde se esperava que as estrelas fossem destruídas, não se fundissem.
Implicações da Descoberta
A análise sugere que esses buracos negros podem ter se formado a partir de fusões anteriores, em um processo chamado de fusões hierárquicas. O evento ocorreu a uma distância estimada de 2,3 a 13,4 bilhões de anos-luz da Terra. O físico Alan Weinstein, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, comparou essa formação a “quatro avós se fundindo em dois pais, que se fundem em um único buraco negro”.
Além disso, os buracos negros detectados giravam a uma velocidade impressionante, cerca de 40 rotações por segundo, próximo ao limite previsto pela teoria da relatividade de Einstein. Essa rotação e a massa dos buracos negros podem fornecer pistas sobre como esses corpos se desenvolvem no universo.
Desafios Futuros
A descoberta ocorre em um momento crítico, já que o financiamento para a detecção de ondas gravitacionais nos EUA enfrenta cortes significativos. Apesar disso, a pesquisa continua a avançar, revelando novas dimensões sobre a formação e o crescimento de buracos negros, especialmente os de massa intermediária, que são menos compreendidos. A busca por esses corpos celestes continua a ser uma das questões mais intrigantes da astronomia moderna.