- Em 2024, estima-se que 15,2 milhões de brasileiros sejam diagnosticados com pré-diabetes.
- A condição indica níveis de glicose acima do normal, mas não chega a ser diabetes tipo 2.
- A Federação Internacional de Diabetes (IDF) alerta para a importância de uma alimentação saudável e exercícios físicos para prevenir a progressão da doença.
- Fatores como genética e obesidade, especialmente a gordura abdominal, contribuem para a resistência à insulina, aumentando os níveis de açúcar no sangue.
- A adoção de uma dieta equilibrada e a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física semanal são recomendadas para controlar a condição.
Em 2024, 15,2 milhões de brasileiros devem ser diagnosticados com pré-diabetes, uma condição que indica níveis de glicose acima do normal, mas que ainda não se enquadra como diabetes tipo 2. O alerta é da Federação Internacional de Diabetes (IDF), que destaca a importância de uma alimentação adequada e da prática de exercícios físicos para evitar a progressão da doença.
O pré-diabetes resulta de uma combinação de fatores genéticos e comportamentais, como a obesidade. O médico Ruy Lyra da Silva Filho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), explica que a resistência à insulina, causada pelo acúmulo de gordura abdominal, é um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da condição. Essa resistência dificulta a utilização da glicose pelas células, levando a um aumento nos níveis de açúcar no sangue.
Além do sobrepeso, a distribuição da gordura corporal é crucial. A gordura visceral, localizada na região abdominal, é particularmente prejudicial, pois produz hormônios que interferem na ação da insulina. O diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Fernando Valente, ressalta que mesmo pessoas com IMC normal podem apresentar resistência à insulina se tiverem uma má distribuição de gordura.
Alimentação e Exercícios
O tratamento do pré-diabetes envolve uma dieta equilibrada e a prática regular de atividades físicas. A nutricionista Marlice Marques, da SBD, recomenda o consumo de 25 a 30 gramas de fibras por dia, priorizando alimentos integrais, frutas, legumes e leguminosas. A hidratação adequada e a limitação do consumo de frutas a duas ou três porções diárias também são essenciais.
A prática de pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica semanal é indicada para reduzir o risco de evolução para diabetes tipo 2. A combinação de exercícios aeróbicos e de resistência é eficaz para controlar os níveis de hemoglobina glicada, especialmente em pessoas com diabetes tipo 2.
O pré-diabetes é um sinal de alerta para a saúde, e a adoção de hábitos saudáveis pode reverter a condição e prevenir complicações futuras.
