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Bactéria intestinal produz molécula que provoca aterosclerose, revela estudo

Estudo revela que imidazole propionate, presente em diabéticos, está ligado à aterosclerose em 63% de voluntários saudáveis. Novo tratamento promete bloquear seu efeito.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Um voluntário durante um ensaio clínico no Centro Nacional de Pesquisa Cardiovascular em Madrid. (Foto: CNIC)
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  • Um estudo recente relacionou o imidazole propionate, uma molécula produzida por bactérias intestinais, à aterosclerose em humanos.
  • A pesquisa, realizada em Madrid com quatrocentos voluntários saudáveis, revelou que sessenta e três por cento apresentavam sinais da doença.
  • O imidazole propionate causa inflamação nas artérias ao interagir com células brancas do sangue imaturas.
  • Os cientistas identificaram um receptor para a molécula e desenvolveram um medicamento que bloqueia seu efeito, impedindo o desenvolvimento da aterosclerose em camundongos.
  • Dietas ricas em vegetais, frutas e grãos integrais podem ajudar a reduzir os níveis de imidazole propionate, sugerindo uma estratégia de prevenção para a doença cardiovascular.

Um estudo recente revelou que o imidazole propionate, uma molécula produzida por certas bactérias intestinais, está diretamente relacionado à aterosclerose em humanos. A pesquisa, conduzida por cientistas espanhóis, analisou 400 voluntários saudáveis do Banco Santander, em Madrid, e constatou que 63% deles apresentavam sinais da doença, que pode levar a infartos e derrames.

Os pesquisadores descobriram que o imidazole propionate provoca uma reação inflamatória nas artérias ao interagir com células brancas do sangue imaturas. O biólogo David Sancho, líder do estudo, afirmou que “existe uma relação causal entre o imidazole propionate e a aterosclerose”. Experimentos em camundongos confirmaram que a administração da molécula induziu a doença.

Além disso, a pesquisa identificou que um em cada cinco voluntários com aterosclerose ativa apresentava níveis elevados de imidazole propionate. Essa descoberta sugere que a aterosclerose não é apenas uma condição relacionada ao acúmulo de gordura, mas também possui um componente inflamatório e autoimune.

Avanços no Tratamento

Os cientistas também identificaram um receptor ao qual a molécula se liga e desenvolveram um medicamento capaz de bloquear esse efeito. Testes em camundongos alimentados com uma dieta rica em colesterol mostraram que o uso do inibidor impediu completamente o desenvolvimento da aterosclerose. O tratamento foi patenteado por Sancho e seus colegas, incluindo o cardiologista Valentín Fuster.

A pesquisa destaca que dietas ricas em vegetais, frutas e grãos integrais podem reduzir os níveis de imidazole propionate, sugerindo que mudanças na alimentação podem ser uma estratégia eficaz na prevenção da aterosclerose. O estudo foi publicado na revista *Nature* e promete revolucionar os métodos de diagnóstico e tratamento da doença cardiovascular, que anualmente causa a morte de 18 milhões de pessoas em todo o mundo.

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