- Cientistas descobriram o Centauro 2015 OU₁₉₄, que mantém uma ressonância orbital estável com Urano há milênios.
- Essa relação gravitacional é rara no Sistema Solar e foi detalhada em um estudo publicado no site Universe Today.
- O Centauro, localizado entre Urano e Netuno, completa três voltas ao redor do Sol enquanto Urano realiza quatro, evitando colisões.
- Simulações indicam que a ressonância existe há pelo menos mil anos e deve continuar por mais 500 mil anos.
- O estudo também menciona interações gravitacionais com outros Centauros, que podem ampliar o entendimento sobre a estabilidade orbital de corpos menores.
Cientistas descobriram o Centauro 2015 OU₁₉₄, um corpo celeste que mantém uma ressonância orbital estável com Urano há milênios. Essa relação gravitacional, rara no Sistema Solar, foi detalhada em um estudo preliminar publicado no site Universe Today.
O Centauro, que se localiza entre as órbitas de Urano e Netuno, completa três voltas ao redor do Sol enquanto Urano realiza quatro, criando uma sincronia que evita colisões. Essa estabilidade é incomum entre corpos celestes dessa categoria, que geralmente apresentam trajetórias instáveis. A pesquisa é liderada por Daniel Bamberger, do Northolt Branch Observatories, na Alemanha.
Imagens do Telescópio Subaru, obtidas desde 2015, foram analisadas pela equipe, que confirmou o padrão de ressonância com dados adicionais de 2017 e 2018. Simulações indicam que a conexão orbital entre Urano e 2015 OU₁₉₄ existe há pelo menos 1.000 anos e deve continuar por mais 500.000 anos. Até agora, não foram registradas ressonâncias semelhantes envolvendo planetas externos como Urano ou Netuno.
Além disso, o estudo menciona possíveis interações gravitacionais com outros dois Centauros, 2013 RG₉₈ e 2014 NX₆₅, cujas órbitas também sugerem sincronia com Urano e Netuno, respectivamente. A confirmação dessas interações poderá ampliar o entendimento sobre a estabilidade orbital de corpos menores nas regiões mais distantes do Sistema Solar.