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Artigo polêmico sobre ‘vida com arsênio’ é retratado após 15 anos de debates

A retratação do estudo de 2010 pela *Science* reabre debates sobre a validade de pesquisas e a interpretação de dados científicos.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Felisa Wolfe-Simon, a autora principal do artigo sobre a "vida de arsênio" agora retratado pela Science, coleta amostras no Aquatic Park em Berkeley, Califórnia. (Foto: Marissa Leshnov/New York Times/Redux/eyevine)
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  • A revista Science anunciou a retratação de um estudo de 2010 que afirmava que um microorganismo poderia usar arsênio em vez de fósforo.
  • O editor-chefe, Holden Thorp, afirmou que as experiências não sustentavam as conclusões do trabalho, que gerou críticas na comunidade científica.
  • O estudo, liderado por Felisa Wolfe-Simon, sugeria que uma bactéria do Lago Mono, na Califórnia, poderia substituir o fósforo, essencial para a vida, pelo arsênio, um elemento tóxico.
  • Thorp explicou que a retratação não ocorreu antes porque a revista reservava esse ato para casos de má conduta, mas a revisão dos critérios levou à decisão atual.
  • Os autores do estudo defendem a validade dos dados e afirmam que a interpretação dos resultados é subjetiva, levantando preocupações sobre a comunicação científica.

A revista *Science* anunciou a retratação do polêmico estudo de 2010 que afirmava a existência de um microorganismo capaz de utilizar arsênio em vez de fósforo. O editor-chefe, Holden Thorp, declarou que as experiências não sustentavam as conclusões do trabalho, que gerou intensas críticas na comunidade científica.

O estudo, liderado por Felisa Wolfe-Simon, sugeria que um tipo de bactéria encontrado no sedimento do Lago Mono, na Califórnia, poderia substituir o fósforo, essencial para a vida, pelo arsênio, um elemento tóxico. Desde sua publicação, a pesquisa foi alvo de questionamentos, com cientistas apontando falhas na metodologia e na interpretação dos dados.

Após anos de debate, Thorp explicou que a *Science* não havia feito a retratação antes porque, na época, o periódico reservava esse ato para casos de má conduta. Contudo, a revisão dos critérios levou à decisão atual, que visa esclarecer a confusão gerada por um estudo considerado falho.

A reanálise do trabalho trouxe à tona a defesa dos autores, que afirmam que os dados são válidos e que a interpretação dos resultados é subjetiva. Ariel Anbar, coautor do estudo, argumentou que a retratação não é justificada por divergências na interpretação dos dados, sugerindo que isso poderia levar a uma onda de retratações em toda a literatura científica.

O impacto do estudo e sua retratação reacenderam discussões sobre a comunicação científica e a necessidade de rigor na validação de pesquisas. A controvérsia continua a ser um exemplo de como a ciência é um processo dinâmico, sujeito a revisões e debates contínuos.

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