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Cientistas analisam gelo em Bruxelas para desvendar segredos climáticos

Cientistas coletam núcleos de gelo com até 1,2 milhão de anos na Antártida para desvendar a relação entre CO2 e temperatura.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Cientistas belgas observam uma amostra de gelo azul em laboratório (Foto: NICOLAS TUCAT / AFP)
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  • Cientistas da Vrije Universiteit Brussel perfuraram gelo azul na Antártida e coletaram amostras de até 1,2 milhão de anos.
  • O objetivo da pesquisa é entender a relação entre CO2 e temperatura, fundamental para prever mudanças climáticas futuras.
  • A equipe utilizou dados de satélite para localizar áreas com gelo antigo e o projeto recebeu financiamento da União Europeia, totalizando cerca de 11 milhões de euros.
  • Foram coletados 15 núcleos de gelo, somando aproximadamente 60 metros, que foram enviados para laboratórios na França e na China para datação.
  • As amostras podem fornecer informações valiosas sobre as condições climáticas do passado e ajudar a calibrar modelos climáticos.

Em uma expedição recente, cientistas da Vrije Universiteit Brussel perfuraram gelo azul na Antártida, coletando amostras de até 1,2 milhão de anos. O objetivo é entender a relação entre CO2 e temperatura, crucial para prever mudanças climáticas futuras.

A equipe, composta por quatro pesquisadores, utilizou dados de satélite para identificar áreas com gelo antigo. O projeto, financiado pela União Europeia, custou cerca de 11 milhões de euros. O gelo azul, que representa apenas 1% do território antártico, foi escolhido por suas características únicas que facilitam o acesso a camadas mais profundas.

Após semanas de medições e perfurações, a equipe retornou com 15 núcleos de gelo totalizando cerca de 60 metros. As amostras foram enviadas para laboratórios na França e na China para datação. O glaciólogo Harry Zekollari espera que algumas amostras tenham cerca de 100.000 anos, o que permitiria novas perfurações em busca de gelo ainda mais antigo.

Importância das Amostras

Os dados obtidos são essenciais para climatologistas, pois ajudam a calibrar modelos climáticos. Atualmente, as projeções indicam que até o final do século, as temperaturas podem se aproximar dos níveis de 2,6 a 3,3 milhões de anos atrás. Contudo, a relação entre CO2 e temperatura nesse período ainda é desconhecida.

Etienne Legrain, paleoclimatologista da ULB, destaca que as bolhas de ar encontradas no gelo são a chave para entender a atmosfera do passado. A equipe espera que essas amostras revelem informações valiosas sobre as condições climáticas de épocas remotas, contribuindo para a compreensão dos efeitos do aquecimento global.

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