- Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ohio revelou que a exposição ao vape durante a gravidez pode alterar o formato do rosto e crânio do bebê, mesmo sem a presença de nicotina.
- Pesquisadores expuseram camundongas grávidas a uma mistura de propilenoglicol e glicerol, substâncias comuns em cigarros eletrônicos.
- Os filhotes apresentaram crânios mais curtos e características faciais mais estreitas.
- O professor de anatomia James Cray, principal autor do estudo, destacou que os efeitos foram inesperados, pois a mistura não continha nicotina.
- Uma pesquisa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) indicou que um terço das mães entrevistadas usou cigarros eletrônicos durante a gravidez, acreditando serem uma alternativa mais segura.
Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ohio revelou que a exposição ao vape durante a gravidez pode causar alterações no formato do rosto e crânio do bebê, mesmo na ausência de nicotina. Os pesquisadores expuseram camundongas grávidas a uma mistura de propilenoglicol e glicerol, substâncias comuns em cigarros eletrônicos, e observaram que os filhotes apresentaram crânios mais curtos e características faciais mais estreitas.
Os experimentos foram conduzidos com camundongas divididas em grupos, sendo um exposto a ar filtrado e outro à mistura de líquidos. Durante três semanas, as fêmeas foram expostas a uma taxa de uma tragada por minuto, quatro horas por dia. Os resultados mostraram que filhotes expostos à mistura 30/70 tiveram uma redução significativa na largura e altura do crânio, além de um leve decréscimo no peso ao nascer.
James Cray, professor de anatomia e principal autor do estudo, destacou que os efeitos observados foram inesperados, pois a mistura não continha nicotina. As descobertas, publicadas na revista PLOS One, foram consistentes em várias ninhadas e em ambos os sexos. Cray enfatizou a necessidade de investigar os efeitos de produtos sem nicotina, especialmente considerando que muitos jovens adultos e adolescentes, que estão em idade reprodutiva, são usuários de cigarros eletrônicos.
Além disso, uma pesquisa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) revelou que um terço das mães entrevistadas usou cigarros eletrônicos antes, durante ou após a gravidez, muitas acreditando que eram uma alternativa mais segura. Contudo, especialistas alertam que o uso de qualquer tipo de cigarro, seja tradicional ou eletrônico, deve ser evitado durante a gestação, pois pode prejudicar o desenvolvimento fetal.