- A NASA planeja instalar um reator nuclear na Lua até 2029 para fornecer energia contínua para futuras missões.
- O reator deverá gerar pelo menos 100 quilowatts de eletricidade, suficiente para abastecer cerca de 80 casas nos Estados Unidos.
- A instalação é necessária devido às longas noites lunares, que podem durar até 14 dias sem luz solar.
- O projeto enfrenta desafios técnicos, como a necessidade de um reator compacto e leve, capaz de operar em temperaturas extremas.
- A iniciativa também visa manter a liderança dos Estados Unidos na exploração espacial, em resposta a planos semelhantes da China e da Rússia.
A NASA anunciou planos para instalar um reator nuclear na Lua até 2029, com o objetivo de garantir uma fonte de energia contínua para futuras missões e uma possível base lunar. A decisão foi comunicada pelo secretário de Transportes dos Estados Unidos, Sean Duffy, que também lidera a agência espacial. O reator deverá fornecer pelo menos 100 quilowatts de eletricidade, suficiente para abastecer cerca de 80 casas nos EUA.
A necessidade de uma fonte de energia confiável se torna ainda mais evidente considerando as longas noites lunares, que podem durar até 14 dias sem luz solar. A energia solar, utilizada em satélites e na Estação Espacial Internacional, não é viável para manter uma base lunar em operação durante esses períodos. O reator nuclear, por sua vez, funcionará através da fissão, um processo que gera energia continuamente, independentemente das condições externas.
Desafios Técnicos e Geopolíticos
O projeto enfrenta desafios técnicos significativos. O reator precisa ser compacto e leve o suficiente para ser transportado em foguetes, como o Starship da SpaceX ou o Blue Moon da Blue Origin, que ainda estão em desenvolvimento. Além disso, o sistema deve ser projetado para operar em um ambiente hostil, com temperaturas variando de 120 °C durante o dia a -240 °C à noite.
A iniciativa da NASA também é uma resposta a planos semelhantes da China e da Rússia, que pretendem construir reatores na Lua até 2035. A preocupação dos EUA é que, se esses países forem os primeiros a estabelecer uma infraestrutura lunar, poderão impor restrições de acesso a áreas estratégicas.
Com a instalação do reator nuclear, a NASA busca não apenas garantir a viabilidade de futuras missões, mas também manter a liderança dos Estados Unidos na exploração espacial. A expectativa é que essa tecnologia permita um avanço significativo na presença humana na Lua e, possivelmente, em Marte.