A inteligência artificial redefine os limites da escrita contemporânea
Sérgio Rodrigues alerta para a queda do engajamento cognitivo ao usar inteligência artificial na escrita, destacando a importância da criatividade humana

EU, ROBÔ? - A máquina, em desenho feito por IA: “lero-lero aceitável, melhor que o da maioria dos escribas” (Foto: Reprodução)
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O livro "Escrever É Humano", de Sérgio Rodrigues, aborda a resistência da escrita literária diante da inteligência artificial (IA). Publicado em agosto de 2025, a obra discute a importância da criatividade humana em um cenário onde algoritmos geram textos rapidamente.
Rodrigues argumenta que a escrita literária não desaparecerá, mas se tornará uma "aldeia gaulesa", uma última resistência contra a produção robótica. O autor destaca que, embora a IA possa criar textos mecânicos, ela não possui a capacidade de transmitir sentimentos e nuances que caracterizam a escrita humana.
Um estudo recente do Laboratório de Mídia do MIT revelou que usuários do ChatGPT apresentaram menor engajamento cognitivo ao escrever. Os participantes que utilizaram a IA mostraram desempenho inferior em comparação aos que escreveram sem auxílio. Essa descoberta levanta preocupações sobre a dependência de ferramentas automatizadas e seu impacto na criatividade.
A Dualidade da IA na Escrita
Rodrigues reconhece que a IA pode ser incorporada à literatura, tanto como tema quanto como ferramenta criativa. Ele observa que, em um futuro próximo, é provável que escritores dividam seu tempo entre trabalhos mecânicos e literários. Essa transição representa um divisor de eras na produção textual.
O autor também critica a ideia de que qualquer um pode se tornar um escritor apenas com esforço, desafiando o dogma da autoajuda. A obra de Rodrigues é um convite à reflexão sobre o papel da criatividade e da originalidade em um mundo cada vez mais dominado por algoritmos.
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