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Bombas nazistas no Mar Báltico abrigam vida marinha

Bombas nazistas no Mar Báltico se tornaram refúgios para vida marinha. Estudo alemão revela biodiversidade inesperada.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
(Vedenin, A., Kröncke, I., Weiß, T. et al./Reprôdução)
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  • Um estudo recente na Baía de Lübeck, norte da Alemanha, revelou que as bombas nazistas não detonadas no Mar Báltico se tornaram abrigos para uma diversidade surpreendente de vida marinha, incluindo estrelas-do-mar, caranguejos, anêmonas e cardumes de peixes.
  • A concentração de organismos nessas bombas chegou a 40 mil indivíduos por metro quadrado, muito maior do que a encontrada no sedimento do fundo da região.
  • As bombas nazistas, que permanecem submersas desde a Segunda Guerra Mundial, oferecem um ambiente relativamente isolado da atividade humana, criando uma “bolha de proteção” para a fauna.
  • Apesar de conter produtos químicos perigosos como o TNT, a vida marinha não apenas se instalou, mas atingiu densidades semelhantes às de ambientes naturais com substratos rochosos.
  • Estima-se que existam cerca de 1,6 milhão de toneladas de munições descartadas em águas alemãs, provenientes das duas guerras mundiais, representando um risco ambiental e de segurança.

Bombas Nazistas no Mar Báltico: Refúgio Inesperado para a Vida Marinha

Estudos recentes na Baía de Lübeck, norte da Alemanha, revelaram que as bombas nazistas não detonadas no Mar Báltico se tornaram abrigos para uma diversidade surpreendente de vida marinha. A descoberta, feita por cientistas alemães, mostra uma concentração de organismos que chega a 40 mil indivíduos por metro quadrado, muito maior do que a encontrada no sedimento do fundo da região.

Bombas Nazistas: Um Novo Ecossistema

As bombas nazistas, que permanecem submersas desde a Segunda Guerra Mundial, abrigam estrelas-do-mar, caranguejos, anêmonas e cardumes de peixes. Imagens de um submersível não tripulado revelaram esses organismos vivendo sobre ogivas da bomba voadora V-1, conhecida como Fi 103. A explicação para essa abundância está no ambiente do Mar Báltico, que é plano e coberto de lama e areia, tornando as superfícies rígidas das bombas um recurso escasso e valioso.

A “Bolha de Proteção” das Bombas

Os locais com munições submersas são relativamente isolados da atividade humana, criando uma “bolha de proteção” para a fauna. Apesar de conter produtos químicos perigosos como o TNT, a vida marinha não apenas se instalou, mas atingiu densidades semelhantes às de ambientes naturais com substratos rochosos. Um dos achados mais curiosos foi o de dezenas de estrelas-do-mar amontoadas sobre pedaços expostos de TNT corroído.

Implicações Ambientais e de Segurança

Estima-se que existam cerca de 1,6 milhão de toneladas de munições descartadas em águas alemãs, provenientes das duas guerras mundiais. Essas munições representam um risco ambiental e de segurança, pois sua corrosão progressiva pode liberar substâncias tóxicas e instáveis no ecossistema. Ao mesmo tempo, a fauna que se instalou sobre as bombas transformou o local em um ponto de biodiversidade dentro de uma área marcada pela homogeneidade de lama e areia.

Proposta de Conservação

Os cientistas defendem que qualquer plano de remoção das munições leve em conta a função ecológica que elas passaram a cumprir. A proposta é que, uma vez retirados os explosivos, sejam colocados no lugar blocos de pedra ou estruturas artificiais seguras, capazes de servir de abrigo para invertebrados e peixes. Essa medida ajudaria a evitar uma perda repentina de habitat e manteria um equilíbrio mínimo no ecossistema local.

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