- A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou que a região das Américas pode perder o status de livre do sarampo devido ao aumento de casos nos Estados Unidos, Canadá e México.
- O Canadá registrou mais de cinco mil casos de sarampo em 2025, com duas mortes, e precisa interromper a transmissão até o final de outubro.
- Os Estados Unidos têm prazo até janeiro e o México até fevereiro para atender às exigências da Opas e evitar a perda do status.
- A queda nas taxas de vacinação é apontada como um dos principais fatores para a disseminação da doença. No Canadá, apenas noventa e dois por cento da população recebeu a primeira dose da vacina, e setenta e nove por cento completou o esquema vacinal.
- A Opas destaca a necessidade de informações precisas sobre vacinas para combater a desinformação e a hesitação vacinal, fundamentais para garantir a imunidade coletiva de noventa e cinco por cento da população.
A região das Américas enfrenta a possibilidade de perder seu status de livre do sarampo, conforme alerta da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O aumento nos casos da doença nos Estados Unidos, Canadá e México é motivo de preocupação, especialmente com prazos críticos se aproximando para a interrupção da transmissão.
Em 2024, a região havia recuperado esse status após um surto no Brasil. Contudo, em 2025, o Canadá registrou mais de 5 mil casos de sarampo e duas mortes, incluindo a de um recém-nascido. O país precisa demonstrar que a transmissão foi interrompida até o final de outubro. Os Estados Unidos têm até janeiro e o México até fevereiro para atender às exigências da Opas.
Queda nas Taxas de Vacinação
Jarbas Barbosa, diretor da Opas, atribui a disseminação do sarampo à queda nas taxas de vacinação. Para garantir a imunidade coletiva, é necessário que 95% da população esteja vacinada. No Canadá, apenas 92% recebeu a primeira dose e 79% completou o esquema vacinal. Barbosa destacou a importância de informações precisas sobre vacinas para evitar a desinformação que contribui para a hesitação vacinal.
Os surtos nos EUA e no México também são significativos, com milhares de casos reportados. Embora os Estados Unidos estejam em processo de saída da Organização Mundial da Saúde (OMS), continuam sendo membros da Opas, que reitera a urgência em manter a vacinação em alta para evitar a perda do status de livre do sarampo na região.