Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Nova publicação analisa como a Europa renascentista via e pensava sobre a pele

Renaissance Skin amplia a visão sobre a pele entre 1500 e 1700, conectando higiene, cosmética, comércio de peles e escravização a saberes científicos e raça

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Allegorical Painting of Two Women (around 1650-1700) by an unknown artist, at Compton Verney Art Gallery, UK Courtesy Compton Verney Art Gallery
0:00 0:00
  • O livro Renaissance Skin, de Evelyn Welch, analisa a pele na Europa entre 1500 e 1700, financiado pelo Wellcome Institute, reunindo medicina, arte e práticas cotidianas.
  • A obra propõe repensar o corpo humano do período, ampliando o conceito para incluir o “corpo de período” ligado à pele.
  • A publicação aborda pele humana e animal, conectando higiene, cosméticos, comércio de peles e escravização, e discute pigmentação e raça.
  • Na primeira parte, descreve teorias médicas que viam a pele como recipiente poroso e a importância da aparência em diagnósticos, com fisiognomia e respostas a varíola e sífilis.
  • Na segunda e na terceira partes, trata da pele como matéria, tratamentos e cosméticos, adornos faciais, comércio de peles, preparação de alimentos, além de avanços como microscopia, publicações ilustradas e a maior presença de pessoas não brancas na Europa ligada ao comércio de escravos.

A obra Renaissance Skin, de Evelyn Welch, explora a percepção da pele na Europa entre 1500 e 1700. O projeto, financiado pelo Wellcome Institute, reúne abordagens de medicina, arte e práticas cotidianas, ampliando a compreensão do corpo humano na época. O livro busca repensar como os indivíduos entendiam suas próprias peles e as dos outros.

A publicação detalha a evolução das práticas relacionadas à pele, tanto humana quanto animal, conectando temas como higiene, cosméticos, comércio de peles e escravização. Welch analisa como esses conceitos moldaram saberes científicos e percepções sociais, abordando questões de pigmentação e raça. A obra é dividida em três partes, cada uma explorando diferentes aspectos do entendimento pré-moderno da pele.

Estruturas e Práticas

Na primeira parte, Welch discute teorias médicas que viam a pele como um recipiente poroso. O livro examina a importância da aparência da pele em diagnósticos, incluindo práticas como a fisiognomia. A autora também analisa respostas médicas e artísticas a doenças como a varíola e a sífilis, destacando a busca por uma pele “bonita” como questão de saúde.

A segunda parte investiga a experiência da pele como matéria, abordando a intersecção entre tratamentos médicos e cosméticos. Welch menciona o uso de adornos faciais e a moralidade associada a eles. Além disso, o livro explora o comércio de peles e a preparação de alimentos, demonstrando como a manipulação da pele estava presente em diversas práticas cotidianas.

Avanços Científicos

Na terceira parte, Welch analisa fatores que aceleraram descobertas científicas sobre o corpo. O desenvolvimento da microscopia e a popularização de publicações ilustradas contribuíram para um novo foco no estudo da pele. A autora também aborda a crescente diversidade de pessoas não brancas na Europa, vinculando isso ao aumento do comércio de escravos.

Welch conclui que a pele representa uma fronteira complexa entre ocultação e revelação, desafiando categorizações simples. Com base em uma ampla gama de fontes, a obra oferece uma visão acessível e abrangente das práticas médicas e sociais da época, revelando como o entendimento sobre a pele evoluiu em meio a mudanças culturais e científicas significativas.

Relacionados:

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais