- Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriram uma ordem atômica oculta em metais que persiste mesmo após processamento extremo.
- O estudo foi publicado na revista científica Nature Communications e revela um fenômeno físico que explica padrões químicos até então considerados irrelevantes.
- Essa nova compreensão pode impactar significativamente as propriedades dos metais em áreas como aeroespacial e reatores nucleares.
- A pesquisa, liderada pelo professor Rodrigo Freitas, demonstrou que padrões químicos sutis podem alterar características como resistência mecânica e tolerância à radiação.
- A equipe agora investiga como esses padrões se desenvolvem em diferentes condições de fabricação, visando otimizar os processos de produção de metais.
Pesquisadores do MIT descobriram uma ordem atômica oculta que se mantém em metais mesmo após processos de fabricação extremos. O estudo, publicado na *Nature Communications*, revela um fenômeno físico que explica padrões químicos que, até então, eram considerados irrelevantes. Essa nova compreensão pode influenciar significativamente as propriedades dos metais em áreas como aeroespacial e reatores nucleares.
Durante décadas, a comunidade científica acreditou que os padrões químicos sutis nas ligas metálicas eram eliminados durante o processamento. No entanto, investigações recentes demonstraram que esses padrões podem alterar características como resistência mecânica e tolerância à radiação. A pesquisa do MIT, liderada pelo professor Rodrigo Freitas, mostrou que esses padrões persistem mesmo em metais produzidos convencionalmente.
Descobertas e Implicações
Os pesquisadores desenvolveram um modelo que prevê como esses padrões químicos influenciam as propriedades dos metais. Segundo Freitas, “a conclusão é que você nunca pode randomizar completamente os átomos em um metal, não importa como ele seja processado”. Essa descoberta abre novas possibilidades para a engenharia de materiais, permitindo ajustes nos processos de fabricação para otimizar características desejadas.
Os cientistas utilizaram técnicas de aprendizado de máquina para analisar o movimento de milhões de átomos durante o processamento. O estudo revelou que, ao contrário do que se pensava, as ligas nunca alcançam um estado completamente aleatório. Em vez disso, padrões químicos específicos surgem devido a defeitos conhecidos como deslocações, que influenciam a movimentação atômica.
Futuras Direções de Pesquisa
Atualmente, a equipe investiga como esses padrões químicos se desenvolvem sob diversas condições de fabricação. O objetivo é criar um mapa que conecte os passos do processamento metalúrgico a diferentes padrões químicos. Essa abordagem pode ajudar engenheiros a considerar esses padrões como variáveis a serem manipuladas durante a produção, potencialmente revolucionando a forma como os metais são projetados e utilizados em aplicações críticas.