- Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um sistema que combina a produção de amônia “azul” e “verde”, com potencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 63%.
- A proposta já foi patenteada e busca aumentar a eficiência e reduzir custos na indústria química, que responde por até 20% das emissões globais do setor.
- O sistema sugere a instalação de fábricas de amônia azul e verde lado a lado, permitindo que a planta verde utilize o oxigênio excedente da produção de hidrogênio, reduzindo desperdícios.
- A amônia verde, atualmente mais cara que a convencional, pode se tornar mais viável economicamente com essa nova abordagem.
- A pesquisa foi publicada na revista Energy & Fuels e pode acelerar a transição para métodos mais sustentáveis na produção de amônia.
Pesquisadores do MIT desenvolveram um novo sistema que combina a produção de amônia “azul” e “verde”, com o potencial de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 63%. A proposta, já patenteada, visa aumentar a eficiência e reduzir custos na indústria química, que é responsável por até 20% das emissões globais do setor.
A amônia é amplamente utilizada como fertilizante e em diversas indústrias. A produção tradicional, baseada no processo Haber-Bosch, gera grandes quantidades de dióxido de carbono devido ao uso de combustíveis fósseis. Para mitigar esse impacto, surgiram as versões “azul”, que capturam e armazenam gases, e “verde”, que utiliza eletricidade renovável para gerar hidrogênio.
Inovação no Processo
O novo sistema propõe a instalação de fábricas de amônia azul e verde lado a lado. Essa configuração permite que a planta verde utilize o oxigênio excedente gerado pela produção de hidrogênio, reduzindo desperdícios e custos operacionais. William H. Green, diretor do MIT Energy Initiative, destaca que a combinação dessas tecnologias pode ser um passo crucial para tornar a amônia verde economicamente viável.
Atualmente, a amônia verde é mais cara que a convencional, mas a proposta do MIT pode facilitar a transição para métodos mais sustentáveis. A equipe acredita que, embora a adoção em larga escala leve tempo, essa abordagem híbrida pode acelerar a implementação de soluções menos poluentes.
Perspectivas Futuras
O impacto positivo da proposta é corroborado por especialistas como Kevin van Geem, professor na Universidade de Ghent, que afirma que a análise rigorosa do sistema oferece uma visão equilibrada sobre os trade-offs envolvidos. Com a crescente demanda por fertilizantes e combustíveis alternativos, a inovação do MIT pode ser um divisor de águas na descarbonização da indústria química.
A pesquisa foi publicada na revista *Energy & Fuels* e representa um avanço significativo na busca por soluções que minimizem os impactos ambientais da produção de amônia.