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Pesquisadores brasileiros estudam veneno de marimbondo para Alzheimer

Octovespina, derivada da occidentalina‑1202, reduz a formação de beta‑amiloide e ameniza sintomas em camundongos, com simulações computacionais reforçando seu potencial

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
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  • Octovespina, versão modificada da occidentalina-1202, mostrou potencial para reduzir a formação de beta-amiloide e amenizar sintomas em camundongos.
  • Simulações computacionais de mecânica quântica e clássica sugerem boa interação com moléculas cerebrais, apoiando o potencial terapêutico.
  • Pesquisas envolvem modificações peptídicas para potencializar efeitos, com previsão de pelo menos mais uma década de desenvolvimento.
  • Os estudos apontam que, além de reduzir beta-amiloide, a octovespina pode atrasar a agregação de proteínas associadas ao Alzheimer; ainda há necessidade de dosagem e segurança antes de testes em humanos.
  • O projeto recebe apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), com base em atividades da Universidade de Brasília (UnB).

A pesquisa brasileira sobre venenos de marimbondo avança, buscando entender como compostos ativos atuam no sistema nervoso. A linha de estudo já acompanha desde há décadas a relação entre epilepsia, Parkinson, glaucoma e Alzheimer, com foco na paralisia observada em presas.

Há 25 anos, a neurocientista Márcia Mortari, da UnB, lidera o isolamento de substâncias do veneno. Compostos como occidentialina-1202 mostraram potencial anticonvulsivante e inspiraram derivados, entre eles neurovespina, que também tem efeito neuroprotetor.

Novos dados sobre octovespina

A partir de modificações da occidentalina-1202, surgiu a octovespina, um peptídeo que pode reduzir a formação de beta-amiloide em camundongos. Simulações computacionais com mecânica quântica e clássica sugerem forte interação com moléculas cerebrais, reforçando o potencial terapêutico.

Os estudos continuam com modificações peptídicas para ampliar efeitos. Previsão aponta pelo menos mais uma década de continuidade, com apoio institucional mantido. A pesquisa envolve laboratórios no Brasil e nos EUA.

Progresso e desafios

Testes indicam que octovespina não apenas reduz aglomerados de beta-amiloide, mas também ameniza sintomas em modelos animais. Entretanto, medicamentos aprovados que diminuem beta-amiloide nem sempre melhoram déficits cognitivos, o que motiva novas etapas experimentais.

A equipe coordena trabalho entre áreas teóricas e experimentais, ressaltando colaboração entre laboratórios. Pesquisas dependem de dosagem, segurança e eventual caminho para ensaios clínicos em humanos, ainda distante.

Apoio institucional e equipe

Financiamento chega pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). A pesquisadora Luana Camargo, da UnB, já dedicou mestrado ao tema da octovespina.

Entre os envolvidos, Gargano observa o entusiasmo coletivo diante dos resultados preliminares. A equipe destaca a importância de manter a investigação por mais tempo, com expectativas moderadas.

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