A Conferência do Clima da ONU começa amanhã em Bonn, na Alemanha, com a participação de cerca de 5 mil pessoas. O evento vai discutir temas importantes como indicadores de adaptação às mudanças climáticas, a transição para uma economia de baixo carbono e o Balanço Global do Acordo de Paris. A embaixadora Liliam Chagas, do Brasil, ressaltou a necessidade de avançar nas negociações para que a próxima conferência, a COP30, que acontecerá em novembro em Belém, seja eficaz. Os líderes da UNFCCC, Harry Vreuls e Tosi Mpanu Mpanu, prometeram ajudar os países a obter resultados sólidos para a COP30, destacando a importância de um alinhamento técnico e político. A conferência também abordará o financiamento climático, com a expectativa de que países desenvolvidos criem mecanismos para apoiar financeiramente os países mais vulneráveis. O embaixador André Corrêa do Lago, que preside a COP30, pediu ações imediatas e resultados concretos, alertando que a credibilidade do processo depende do comprometimento dos negociadores. Historicamente, as conferências enfrentam dificuldades para alcançar consenso em questões centrais, como o uso de combustíveis fósseis, e a falta de alinhamento entre grandes emissores pode dificultar a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
Começa amanhã, em Bonn, na Alemanha, a Conferência do Clima da ONU, que reunirá cerca de 5 mil participantes para discutir temas cruciais para o futuro climático do planeta. O foco será destravar negociações sobre indicadores de adaptação, a transição para uma economia de baixo carbono e o Balanço Global do Acordo de Paris.
A embaixadora Liliam Chagas, negociadora-chefe do Brasil, destacou a importância de avançar nas discussões em Bonn, evitando que a acumulação de temas prejudique a eficácia da COP30, que ocorrerá em novembro em Belém. “Estamos sugerindo que se busque um consenso sobre esses pontos ainda em Bonn”, afirmou.
Os presidentes dos órgãos subsidiários da UNFCCC, Harry Vreuls e Tosi Mpanu Mpanu, se comprometeram a apoiar os países na preparação de resultados robustos para a COP30. Eles enfatizaram a necessidade de um alinhamento técnico e político, especialmente em temas que permanecem pendentes desde a COP29 em Baku.
Desafios e Expectativas
A conferência também será um espaço para discutir o financiamento climático. Espera-se que os países desenvolvidos avancem na criação de mecanismos que garantam apoio financeiro justo aos países mais vulneráveis, como os pequenos Estados insulares, que podem enfrentar perdas significativas até 2050.
A presidência da COP30, liderada pelo embaixador André Corrêa do Lago, pediu resultados concretos e ação imediata. Ele enfatizou que a credibilidade do processo multilateral depende do comprometimento dos negociadores em Bonn. O embaixador alertou que a reunião não deve ser um momento de procrastinação, mas sim de progresso.
Historicamente, as COPs enfrentam dificuldades em alcançar consenso em temas centrais, como a postura em relação aos combustíveis fósseis. Apesar dos compromissos da COP28, as ações concretas ainda são tímidas, com apenas 22 países atualizando suas metas climáticas em 2024. A falta de alinhamento entre grandes emissores, como China, União Europeia e Índia, pode dificultar o cumprimento da meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
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