- Bryan Johnson, fundador da startup de biotecnologia Blueprint, está avaliando a possibilidade de fechar ou vender a empresa devido a problemas financeiros.
- Ele mencionou que a situação atual é insustentável, embora não esteja em “situação financeira de emergência”.
- O Projeto Blueprint, iniciado em 2021, visa reverter o envelhecimento e consome cerca de US$ 2 milhões anuais.
- Johnson interrompeu experimentos controversos, como transfusões de sangue de seu filho, após seis meses sem resultados positivos.
- A empresa enfrenta um déficit de US$ 1 milhão por mês e oferece produtos como o “longevity mix” por US$ 55 e “Super Shrooms” por US$ 42.
Bryan Johnson, fundador da startup de biotecnologia Blueprint, está considerando fechar ou vender a empresa devido a dificuldades financeiras e a um conflito entre seus interesses comerciais e filosóficos. Em entrevista à Wired, Johnson, de 47 anos, afirmou que a empresa se tornou um “problema” e que está discutindo essa possibilidade com “algumas pessoas”. Ele destacou que não precisa do dinheiro, mas a situação atual é insustentável.
O Projeto Blueprint, iniciado em 2021, visa reverter o envelhecimento e consome cerca de US$ 2 milhões anuais. Johnson, que chegou a realizar transfusões de sangue de seu filho em busca de rejuvenescimento, interrompeu o experimento após seis meses, sem notar benefícios. A Blueprint oferece produtos como o “longevity mix” de US$ 55 e “Super Shrooms”, que custa US$ 42.
Dilemas e Desafios
Além das questões financeiras, Johnson enfrenta um dilema ético. Ele fundou uma religião chamada “Don’t Die”, refletindo sua visão de um futuro onde a humanidade se funde com a inteligência artificial. No entanto, a comercialização de produtos de saúde pode comprometer sua credibilidade filosófica. “As pessoas veem o negócio e me dão menos credibilidade no lado filosófico”, explicou.
A Blueprint enfrenta um déficit de US$ 1 milhão por mês para atingir o ponto de equilíbrio, embora Johnson negue que a empresa esteja em “situação financeira de emergência”. Ele afirmou que a empresa já teve meses lucrativos e meses de prejuízo.
Estilo de Vida e Biohacking
Johnson adota um estilo de vida rigoroso, baseado em dados, que inclui uma dieta plant-based e um regime de exercícios intensos. Ele monitora mais de 70 biomarcadores para ajustar sua saúde. Apesar de sua disciplina, ele reconhece que a busca pela perfeição pode ser excessiva, afirmando que não quer ser “escravo de nenhuma substância ou hábito”.
A abordagem de Johnson levanta questões sobre biohacking e a ética de suas práticas. Críticos apontam que muitas de suas técnicas carecem de evidências científicas robustas. Johnson, por outro lado, defende que seu protocolo intensivo é mais seguro e eficaz do que métodos tradicionais, buscando democratizar o acesso à saúde e longevidade.