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Indústria mantém prestígio, mas salários baixos dificultam atração de profissionais

Estudo revela que 33% dos brasileiros veem salários baixos como barreira para carreiras na manufatura, enquanto 3M investe em formação de jovens.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Indústria metalúrgica perde espaço e prestígio no Brasil, mas postos na área de manufatura ainda são recomendados pela maioria a jovens (Foto: Rafael Vieira 19.fev.13/Folhapress)
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  • O Brasil enfrenta desafios na indústria, como a desindustrialização e a falta de interesse dos jovens por carreiras na manufatura.
  • Um estudo da Morning Consult, encomendado pela 3M, mostra que 80% dos brasileiros consideram a manufatura benéfica para a economia, mas 33% veem o salário como uma barreira.
  • Apesar de 86% dos entrevistados respeitarem quem trabalha na indústria, 78% estão preocupados com a automação, que pode substituir empregos.
  • A 3M promove o programa Formare, em parceria com a Fundação Iochpe, para formar jovens em funções industriais e destaca a importância de revisar o currículo escolar.
  • O futuro da indústria depende da formação de talentos para um mercado em evolução, com a experiência da Coreia do Sul sendo citada como modelo de sucesso.

O Brasil enfrenta um cenário desafiador na indústria, com a desindustrialização e a falta de interesse dos jovens por carreiras na manufatura. Um estudo recente, realizado pela Morning Consult a pedido da 3M, revela que 80% dos brasileiros consideram a manufatura benéfica para a economia, mas 33% apontam o salário como uma barreira para a escolha dessa carreira.

Os dados mostram que 86% dos entrevistados respeitam quem trabalha na indústria, e 81% recomendariam empregos no setor a jovens. Apesar disso, 78% expressam preocupação com a automação, que pode substituir postos de trabalho. O levantamento, que ouviu 1.090 brasileiros entre 3 e 12 de dezembro de 2024, destaca que 62% discordam que os empregos na indústria pagam o suficiente para um salário digno.

Iniciativas para Formação de Jovens

A 3M tem promovido iniciativas para reverter a falta de mão de obra qualificada. A empresa mantém o programa Formare, em parceria com a Fundação Iochpe, que já formou milhares de jovens para funções industriais. Durante um debate sobre o futuro do trabalho, Cláudio Anjos, CEO da Fundação Iochpe, enfatizou a necessidade de revisar o currículo escolar para incluir competências socioemocionais, essenciais em um mercado em transformação.

A subsecretária de Inclusão Produtiva e Empregabilidade de São Paulo, Mariana Rodrigues, destacou a importância de programas como o Qualifica SP e a inclusão de robótica no Formare. A 3M, que possui 3.000 funcionários no Brasil, investe em projetos que apoiam ciência e tecnologia, visando atrair mão de obra qualificada.

O Futuro da Indústria

Os participantes do debate concordaram que o futuro da indústria brasileira depende da formação de talentos preparados para um mercado em constante evolução. A experiência da Coreia do Sul foi citada como um modelo de sucesso, baseado em tecnologia e valor agregado. Luciano Reyes, gerente de tecnologia em manufatura da 3M, ressaltou a importância de equilibrar habilidades técnicas e interpessoais, especialmente em um ambiente que se torna cada vez mais digital.

Com vendas brutas de R$ 5,2 bilhões em 2024, a 3M continua a ser uma referência no setor, buscando soluções para os desafios enfrentados pela indústria nacional.

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